Manuel Alegre arrancou ontem, em Setúbal, com a sua pré-campanha.
Na presença de 223 pessoas, o candidato do PS/BE, desferiu um forte ataque ao actual Presidente.
«Um Presidente da República não pode nunca dizer que um país vive uma situação insustentável» - proclamou Alegre, repetindo, por palavras suas, a ideia de Sócrates sobre o assunto.
E por que é que um PR não pode dizer o que Cavaco disse?
Alegre, sempre na linha do pensamento socratista, explicou: «Ao Presidente da República não cabem palavras de depressão, nem palavras que desmobilizem os portugueses, mas palavras de confiança».
No que lhe diz respeito, Alegre reconhece que «Portugal está de facto numa situação difícil», considerando, no entanto, que «o termo insustentável cria dificuldades ao próprio país».
«Difícil»?
«Insustentável»?
Estou em crer que essa é uma questão irrelevante para a imensa maioria dos portugueses sobre os quais caem - difíceis e insustentáveis - as consequências da política que os partidos de Alegre e de Cavaco - ora um; ora outro; ora os dois de braço dado - têm vindo a praticar há 34 anos.
A dada altura, elevando o tom do ataque a Cavaco Silva, o candidato de Louçã/Sócrates perguntou, acutilante: «O que fez ele para impedir que a situação fosse insustentável?» - e, garantindo que não tem «memória curta», lembrou que Cavaco foi primeiro-ministro durante dez anos...
Bem lembrado, sem dúvida.
Só que, como muito bem diz a sabedoria popular, quem tem telhados de vidro não deve atirar pedradas...
E a verdade é que Cavaco, se quisesse, podia perguntar com igual acutilância: «O que fez ele para impedir que a situação fosse difícil?»- e, provando que também não tem «memória curta», lembrar que Alegre está ligado, há 34 anos, à política que conduziu Portugal à situação «difícil» ou «insustentável» em que se encontra.
10 comentários:
Como estão bem um para o outro!!!
A quem querem enganar?
O pior é que alguns(muitos)se deixam enganar mesmo!!!!!!
Um beijo.
Esta ,é mesmo aquela velha história do "diz o roto ao nú" mas, o que mais me impressiona é haver quem ainda embarque nestas cantilenas, claro que existem interessados, mas os outros que nada ganham, e não acordam para o "Caminho das aves" ou para "O tempo das giestas"!
...eu sei que nunca é tarde, mas, o tempo urge!
Abraço
Estaremos condenados a ter sempre mais do mesmo, ora um ora outro?
Há alternativa, tanto para o governo como para a pr. Temos é que continuar a trabalhar para que se concretize!
Um beijo grande.
Estão os dois do mesmo lado da barricada. Ambos são altamente responsáveis pela situação em que o país hoje se encontra, na medida em que foram protagonistas faforáveis às politicas neoliberais, levadas a cabo pelos respectivos governos em que participaram ou apoiaram.
Não venham agora chorar lágrimas de crocodilo uma vez mais, na tentativa de enganar o povo.
exactamente! brilhante! um abraço
Difícil e insustentável... é ter que continuar a aturá-los.
Abraço.
A discussão da coisa Alegre em torno do "díficil" e do "insustentável" mostra o nível em que as "divergências" entre os dois vai decorrer: ao nível semântico da superficialidade. Para que as coisas continuem como estão: a favor do grande capital. E esta questão estrutural é o que os une contra os trabalhadores e contra o povo. A luta tratará de lhes fazer a vida díficil, cada vez mais díficil. De preferência, insustentável.
Um abraço
Já não consigo suportá-los.
Graciete Rietsch: no que respeita à política de direita, as diferenças entre eles não são por aí além...
Um beijo.
poesianopopular: dizes bem: o tempo urge.
Um abraço.
Maria: trabalhar (lutar) é preciso...
Um beijo grande.
joão l.henrique: na Presidência como no Governo, a alternância é que manda...
Um abraço.
Antonio Lains Galamba: abração.
samuel: essa é que é essa...
Um abraço.
João Valente Aguiar: divergências de fundo, se as há não são visíveis...
Um abraço.
Antuã: eu também não...
Um abraço.
Graciete Rietsch: no que respeita à política de direita, as diferenças entre eles não são por aí além...
Um beijo.
poesianopopular: dizes bem: o tempo urge.
Um abraço.
Maria: trabalhar (lutar) é preciso...
Um beijo grande.
joão l.henrique: na Presidência como no Governo, a alternância é que manda...
Um abraço.
Antonio Lains Galamba: abração.
samuel: essa é que é essa...
Um abraço.
João Valente Aguiar: divergências de fundo, se as há não são visíveis...
Um abraço.
Antuã: eu também não...
Um abraço.
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