VENTO NO ROSTO
À hora em que as tardes descem,
noite aspergindo nos ares,
as coisas familiares
noutras formas acontecem.
As arestas emudecem.
Abrem-se flores nos olhares.
Em perspectivas lunares
lixo e pedras resplandecem.
Silêncios, perfis de lagos,
escorrem cortinas de afagos,
malhas tecidas de engodos.
Apetece acreditar,
ter esperanças, confiar,
amar a tudo e a todos.
António Gedeão
3 comentários:
Há tardes lindas assim!! mas não todas.
Um beijo.
Esta é a mais nova canção de Gedeão... :-)))
Abraço.
Graciete Rietsch: acreditemos, então, no que vale a pena acreditar...
Um beijo.
samuel: que eu espero ouvir um dia destes...
Um abraço.
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