TEMPO DE POESIA
Todo o tempo é de poesia.
Desde a névoa da manhã
à névoa do outro dia.
Desde a quentura do ventre
à frigidez da agonia.
Todo o tempo é de poesia.
Entre bombas que deflagram.
Corolas que se desdobram.
Corpos que em sangue soçobram.
Vidas que a amar se consagram.
Sob a cúpula sombria
das mãos que pedem vingança.
Sob o arco da aliança
da celeste alegoria.
Todo o tempo é de poesia.
Desde a arrumação do caos
à confusão da harmonia.
António Gedeão
5 comentários:
Gedeão, tal qual. Sempre poeta, sempre cientista, sempre com preocupações sociais.
Um grande beijo.
Como comentar Gedeão?
Todo o tempo é de poesia, concordo.
Como todo o amor é sagrado. E o trabalho!
Um beijo grande.
Graciete Rietsch: Sempre... Gedeão...
Um beijo.
Maria: aí está o comentário...
Um beijo grande.
Por mais que pareça improvável.
Abraço.
Um dos meus preferidos:)))
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