A FESTA E OS QUE A PAGAM

O Diário de Notícias informa que «Portugal e Espanha comemoram no sábado as bodas de prata do "casamento" com a União Europeia».

Vai ser uma festa de arromba, dividida em duas partes: a primeira, de manhã, em Lisboa, presidida por Cavaco Silva e José Sócrates; a segunda, à tarde, em Madrid, presidida pelos Reis Juan Carlos e Sofia.

Todos os que, de manhã, fazem a festa em Lisboa, à tarde deitam os foguetes em Madrid, sendo de presumir, tratando-se de quem se trata, que, noite fora, apanhem as canas em privado - quiçá aproveitando a ocasião para tratar de negócios, ao fim e ao cabo a razão de ser das suas vidas e das suas festas.

São eles, entre muitos outros e para além dos já citados: Rodriguéz Zapatero, Mário Soares, Filipe Gonzalez, Jacques Delors, Durão Barroso e muitos mais dos que, ao longo dos últimos 25 anos, têm vivido à grande e à espanhola graças ao proveitoso casamento: «ex-comissários e comissários, eurodeputados e e ex-eurodeputados, ex-primeiros-ministros, ex-presidentes da República, ex-presidentes de instituições europeias, embaixadores e responsáveis pelas negociações» - enfim, a cambada toda.

Juntando-se todos, e festejando, os responsáveis pela situação dramática em que se encontram Portugal e Espanha, confirmam aquela máxima dos romances policiais que nos diz que «o criminoso volta sempre ao local do crime»...


Quem não vai festejar são os trabalhadores dos dois países, aos quais a cambada reservou a função de pagar a festa.
Que bem cara lhes tem saído - e muito mais cara lhes vai sair.

7 comentários:

João Henrique disse...

A festa da tristeza para a maioria do povo nos dois lados da fronteira.
«Um dia isto vai ter que mudar!». Não tem que ser sempre assim.

Um abraço.

Mário Pinto disse...

Além desta vergonhosa "mega-party" ao estilo dos antigos ditadores sul-americanos, outra reunião que inquieta e revolta é aquela em que o presidente de muitos portugueses, o cavaco -vulgo, o bábas-, se encontra com aznar como se dois capatazes procurassem compenetrar-se para facilitar a implementação fluída da estratégia de seus amos fascistas no seu cercado.
Mesmo não representando mais que uma voz do imperialismo, o hitlerzinho de valladolid polariza, hoje, o apoio de toda a direita Espanhola, desde a média burguesía do psoe à falange, passando pelos corruptos do pp. cavaco, asseverando ser a extensão de soares como delegado da corja norte-americana, da mesma forma que o coelho que tardaram em sacar da cartola do capital, vem contribuir para o deterioro das condições de vida neste país, apoiando um colega que apostou numa burbulha que rebentou em cima do povo que o preteriu depois de um atentado muito mal explicado e que levou quase duzentos trabalhadores.

Vergonhoso.

Antuã disse...

É a festa dos Vampiros.

GR disse...

São todos uns OBSCENOS TRAIDORES!
Dia 19 no Porto, vamos mostrar o nosso descontentamento.
Como diz e muito bem J.I.H.
«Um dia isto vai ter que mudar!».
Não tem que ser sempre assim.

Bjs,

GR

Graciete Rietsch disse...

A festa dos vampiros é uma autêntica vergonha.Que vão eles comemorar? A desgraçada situação a que levaram os respectivos países? E quem paga a festa? Os que têm pago e continuarão a pagar as suas políticas a rondar o fascismo

Um beijo.

Pedro disse...

Há que sair do euro, desta "União" Europeia e do capitalismo. Por esta ordem e com a máxima urgência. Enquanto assim não for...

Fernando Samuel disse...

joão l.henrique: não tem que ser e não será sempre assim...
Um abraço.

CRN: Cavaco e Aznar são farinha do mesmo saco...
Um abraço.

Antuã: eles comem tudo...
Um abraço.

GR: e aqui, em Lisboa, vamos fazer o mesmo.
Um beijo.

Graciete Rietsch: quem paga são os mesmos de sempre...
Um beijo.

o Pedro que procura Inês: a ordem é essa, de facto...
Um abraço.