Há 70 anos, por esta altura, viviam-se momentos dramáticos: Hitler, apoiado pelo grande capital alemão - ou, dizendo com mais rigor: apoiado pelo grande capital internacional - punha em marcha a sua poderosa máquina de guerra, numa ofensiva que parecia imparável e que tinha como objectivo o domínio absoluto do mundo e a instauração de um regime nazi-fascista, com a liquidação da democracia e da liberdade.
A ofensiva nazi tinha como alvo primeiro e principal a União Soviética, onde duas décadas atrás se iniciara, pela primeira vez na História, a construção de uma sociedade nova, sem exploradores nem explorados, livre, socialista.
Em Setembro de 1939, Bento de Jesus Caraça, escrevia:
«Esta Europa entrou na fase central da carreira louca da morte; começou a descida aos infernos. E a Europa nova há-de surgir (daqui a quanto tempo?) aquecida pelo sol do oriente, aquele longínquo oriente onde se estão jogando os verdadeiros destinos do mundo».
Seis anos depois, o mundo respirava de alívio: o projecto nazi-fascista fora derrotado e para essa derrota fora fundamental e decisiva a acção do «longínquo oriente» a que aludia Bento de Jesus Caraça, ou seja: a acção da União Soviética, do seu heróico povo, do seu glorioso Exército Vermelho.
Abriam-se perspectivas promissoras e a «Europa nova» parecia prestes a surgir...
Mas outro projecto de domínio do mundo estava em marcha: antes mesmo da capitulação da Alemanha nazi, os EUA deram sinais inequívocos dos seus objectivos e do vale-tudo a que iriam recorrer para os alcançar - igualmente ao serviço do grande capital internacional que apoiara Hitler; igualmente tendo a União Soviética socialista como alvo primeiro e principal...
Com a derrota do socialismo e o desaparecimento da União Soviética e da comunidade socialista do Leste da Europa, o caminho ficou extremamente facilitado para o imperialismo norte-americano, o qual, no mundo unipolar que é o de hoje, tem vindo a assumir crescentemente - em palavras, em arrogância e, sobretudo, em actos - o papel que se auto-atribuiu de dono do mundo, deixando marcas dilacerantes das suas garras espalhadas por todo o planeta - mas também, e isso é o mais importante, deparando com uma crescente resistência dos povos, uma resistência que, hoje como há 70 anos, conta com os comunistas na sua primeira fila.
Quer isto dizer que a situação dramática que hoje se vive no mundo, se assemelha, em aspectos essenciais, à que se vivia há 70 anos atrás.
Em ambas as situações a questão central é a do objectivo de domínio absoluto do mundo pelo grande capital:
antes, invadindo e ocupando países à custa de milhões de mortos;
hoje, invadindo e ocupando países à custa de milhões de mortos.
Tudo isto me veio à ideia, ao ler, hoje, uma notícia sobre três soldados checos que, integrando as forças de ocupação do Afeganistão, foram castigados pelo facto de terem enfeitado os seus capacetes com símbolos das divisões das SS nazis.
A meu ver, trata-se de um castigo profundamente injusto, já que, na realidade, usando os símbolos nazis, os três soldados checos mostraram ter percebido o carácter exacto da guerra para onde os enviaram...
A ofensiva nazi tinha como alvo primeiro e principal a União Soviética, onde duas décadas atrás se iniciara, pela primeira vez na História, a construção de uma sociedade nova, sem exploradores nem explorados, livre, socialista.
Em Setembro de 1939, Bento de Jesus Caraça, escrevia:
«Esta Europa entrou na fase central da carreira louca da morte; começou a descida aos infernos. E a Europa nova há-de surgir (daqui a quanto tempo?) aquecida pelo sol do oriente, aquele longínquo oriente onde se estão jogando os verdadeiros destinos do mundo».
Seis anos depois, o mundo respirava de alívio: o projecto nazi-fascista fora derrotado e para essa derrota fora fundamental e decisiva a acção do «longínquo oriente» a que aludia Bento de Jesus Caraça, ou seja: a acção da União Soviética, do seu heróico povo, do seu glorioso Exército Vermelho.
Abriam-se perspectivas promissoras e a «Europa nova» parecia prestes a surgir...
Mas outro projecto de domínio do mundo estava em marcha: antes mesmo da capitulação da Alemanha nazi, os EUA deram sinais inequívocos dos seus objectivos e do vale-tudo a que iriam recorrer para os alcançar - igualmente ao serviço do grande capital internacional que apoiara Hitler; igualmente tendo a União Soviética socialista como alvo primeiro e principal...
Com a derrota do socialismo e o desaparecimento da União Soviética e da comunidade socialista do Leste da Europa, o caminho ficou extremamente facilitado para o imperialismo norte-americano, o qual, no mundo unipolar que é o de hoje, tem vindo a assumir crescentemente - em palavras, em arrogância e, sobretudo, em actos - o papel que se auto-atribuiu de dono do mundo, deixando marcas dilacerantes das suas garras espalhadas por todo o planeta - mas também, e isso é o mais importante, deparando com uma crescente resistência dos povos, uma resistência que, hoje como há 70 anos, conta com os comunistas na sua primeira fila.
Quer isto dizer que a situação dramática que hoje se vive no mundo, se assemelha, em aspectos essenciais, à que se vivia há 70 anos atrás.
Em ambas as situações a questão central é a do objectivo de domínio absoluto do mundo pelo grande capital:
antes, invadindo e ocupando países à custa de milhões de mortos;
hoje, invadindo e ocupando países à custa de milhões de mortos.
Tudo isto me veio à ideia, ao ler, hoje, uma notícia sobre três soldados checos que, integrando as forças de ocupação do Afeganistão, foram castigados pelo facto de terem enfeitado os seus capacetes com símbolos das divisões das SS nazis.
A meu ver, trata-se de um castigo profundamente injusto, já que, na realidade, usando os símbolos nazis, os três soldados checos mostraram ter percebido o carácter exacto da guerra para onde os enviaram...
10 comentários:
Na visão deles é justo. Não se deve revelar o óbvio. Os soldados, presumivelmente de forma inocente, denunciaram o que não se deve denunciar.
um abraço
Entretanto, em Portugal, o obscurantismo voltou. A decisão da RTP de vetar a presença do PCP no Prós&Contras é definitivamente o inicio daquele que se espera o último suspiro do fascismo.
Aqueles que não viveram o 25 de Abril, que saibam que a luta continua!
Em cheio! Os pobres dos soldados, eles também, vítimas deste novo fascismo, acertaram sem querer.
Abraço.
Pobres soldados! Pró que lhes havia de dar... Enfeitar os seus capacetes com os símbolos dos seus próprios algozes. Mas, também a provar que o fascismo está vivo e anda por aí. Mas, também a mostrar que a luta continua contra ele e contra a sua verdadeira causa: a exploração capitalista. Que de tudo se serve, quando necessário.
Um abraço
Profundamente injusto, sem dúvida, sobretudo se não lhes ordenaram, por esquecimento, que se mascarassem de "libertadores".
Soldados mercenários, ao serviço de uma nova ordem mundial totalitária, decidiram afirmar simbolicamente a verdade óbvia. Mas está a ser-lhes difícil cumprirem o seu sujo serviço, travados pelas lutas crescentes de resistência à ocupação.
Abraço.
Exactamente! Pode ser que comece aqui uma tomada de consciência necessária...
Um beijo grande
alex campos: o óbvio escondem-no eles por detrás do manto espesso da desinformação organizada...
Um abraço.
CRN - e continuará até à vitória.
Um abraço.
samuel: a confirmar que a verdade, mesmo quando sistematicamente disfarçada, tem muita força...
Um abraço.
Manuel Rodrigues: e é essa luta que continua que vai ser decisiva...
Um abraço.
filipe: há 70 anos julgavam que «estava no papo» - e foi o que se viu; agora, será o que iremos ver...
Um abraço.
Maria: Pode ser...
Um beijo grande.
Digamos que foram castigados por excesso de zelo?!
Foi um castigo injusto. Então já não se pode dizer a verdade?!
Ana Camarra: mais ou menos...
Um beijo.
Antuã: algumas verdades, sim; outras, não...
Um abraço.
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