OS PEQUENOS PRAZERES
O copo de água fresca
sobre a mesa,
a réstea de luz incendiando
ainda a mão,
as palavras que dão sentido à arte
dos dias a caminho do fim,
"a beleza
é o esplendor da verdade",
o sol
que dos flancos do muro sobe
ao olhar do gato,
o silêncio de ramo em ramo,
a chuva em surdina
na folhagem do jardim
- a chuva e a cumplicidade
de Gieseking e Debussy.
Eugénio de Andrade
(«Os Lugares do Lume» - 1998)
9 comentários:
Dá vontade de "ir para lá"...
Abraço.
e a noite passa...
abraço do vale
Pequenos grandes prazeres, é o que são...
beijos,
São prazeres assim que nos dão, momentos únicos.
Lindo poema.
Bjs,
GR
Sempre a claridade dentro das palavras, sempre a minha emoção ao lê-las.
Obrigada, amigo, por este magnífico ciclo, que eu queria não acabasse...
Soubessemos todos nós tirar prazer das pequenas coisas, das coisas simples...
Um beijo grande
samuel: se dá!...
Um abraço.
duarte:... a anunciar a madrugada... e a manhã...
Um abraço.
smvasconcelos: saibamos nós vivê-los...
Um beijo.
GR: estes pequenos-grandes prazeres...
Um beijo.
Justine: infelizmente está quase a chegar ao fim...
Um beijo.
Maria: e é tão fácil!...
Um beijo grande.
São as coisas fantasticamente simples!
Ana Camarra: com a simplicidade... das coisas simples...
Um beijo.
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