A COMISSÃO DE ACTIVIDADES ANTI AMERICANAS
Em Agosto de 1945, três meses após a capitulação da Alemanha nazi, os EUA lançaram duas bombas atómicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasáqui - acto que viria a revelar-se como «a primeira grande operação da guerra-fria».
Tal atitude tinha como objectivo essencial «avisar» a União Soviética de que os EUA dispunham de uma arma que poderia reduzir a URSS a cinzas.
Segundo Churchill, «nós tínhamos agora nas mãos qualquer coisa capaz de restabelecer o equilíbrio com os russos (...) e imaginava-se já em vias de liquidar todos os centros industriais soviéticos e todas as zonas com forte concentração populacional.
Churchill via-se como o único detentor dessas bombas, capaz de as lançar onde quisesse, tornado todo-poderoso e em condições de ditar as suas vontades a Stáline» (Lorde Allanbrooke).
E en Fulton onde, em Maio de 1946, pronunciou um célebre discurso - lido por ele mas escrito com a colaboração de Truman, do secretário de Estado James Byrnes e do financeiro Bernard Baruch - Churchil tinha a consciência clara de estar a fazer o primeiro discurso da guerra-fria.
Entretanto: o prestígio da União Soviética - que tivera papel decisivo na derrota do nazi-fascismo - chegava a todo o mundo e atingia níveis elevadíssimos; o ideal comunista ganhava amplas massas populares; na Europa, os países do Leste, libertados pelo Exército Vermelho, faziam a sua opção socialista; logo a seguir a URSS anunciava ter, também, a bomba atómica; em 1949 triunfava a Revolução Chinesa...
O «comunismo avançava». E o grande capital, em pânico, deitava contas à vida...
É neste contexto que nasce e se desenvolve a célebre operação anticomunista e antidemocrática levada a cabo nos EUA, que ficou conhecida por Caça às Bruxas.
Foi no final dos anos 40 que um senador norte-americano - de seu nome Joseph MacCarthy e de sua condição fascista, sádico e psicopata - iniciou uma gigantesca operação de impiedosa caça aos comunistas, alegando que estes eram «antipatriotas» e preparavam «um complot para derrubar o Governo dos EUA e substituí-lo por um governo comunista que acabaria com a liberdade».
Para isso criou e pôs a funcionar uma tal Comissão de Actividades Anti Americanas que viria a celebrizar-se pela sua intolerância e por uma doentia e perversa sanha persecutória e repressiva.
MacCarthy tinha já alguma «experiência» na matéria: eleito senador em 1946, a sua primeira intervenção enquanto tal foi a de propor que o exército fosse mobilizado para pôr termo a uma greve de mineiros - e que os grevistas fossem julgados em tribunal marcial.
O anticomunismo corria nas veias do novo senador...
Ser comunista era, na visão perturbada de MacCarthy, crime grave, mas também o era ser familiar, amigo, vizinho de comunista... - ou, apenas, dar os bons dias a um comunista...
Assim, os «suspeitos» eram aos milhares e os nomes dos «suspeitos» eram lançados na lama pública. Muitos foram os que «desapareceram» ou se «suicidaram» (com ou sem aspas). após receberem a intimação para irem depor perante a sinistra Comissão, ou depois de prestado o depoiamento.
O ambiente de medo generalizado e de histeria, gerava as situações mais degradantes e anti-humanas.
A denúncia - do pai, da mãe, do filho, do irmão, da mulher, do marido, do amigo, do colega... - era enaltecida e apresentada como exemplo maior de «patriotismo».
Milhares de pessoas foram vítimas, em muitos casos tragicamente, da intolerante, sádica e perversa operação da Caça às Bruxas - que se prolongaria até meados da década de 50.
Em Agosto de 1945, três meses após a capitulação da Alemanha nazi, os EUA lançaram duas bombas atómicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasáqui - acto que viria a revelar-se como «a primeira grande operação da guerra-fria».
Tal atitude tinha como objectivo essencial «avisar» a União Soviética de que os EUA dispunham de uma arma que poderia reduzir a URSS a cinzas.
Segundo Churchill, «nós tínhamos agora nas mãos qualquer coisa capaz de restabelecer o equilíbrio com os russos (...) e imaginava-se já em vias de liquidar todos os centros industriais soviéticos e todas as zonas com forte concentração populacional.
Churchill via-se como o único detentor dessas bombas, capaz de as lançar onde quisesse, tornado todo-poderoso e em condições de ditar as suas vontades a Stáline» (Lorde Allanbrooke).
E en Fulton onde, em Maio de 1946, pronunciou um célebre discurso - lido por ele mas escrito com a colaboração de Truman, do secretário de Estado James Byrnes e do financeiro Bernard Baruch - Churchil tinha a consciência clara de estar a fazer o primeiro discurso da guerra-fria.
Entretanto: o prestígio da União Soviética - que tivera papel decisivo na derrota do nazi-fascismo - chegava a todo o mundo e atingia níveis elevadíssimos; o ideal comunista ganhava amplas massas populares; na Europa, os países do Leste, libertados pelo Exército Vermelho, faziam a sua opção socialista; logo a seguir a URSS anunciava ter, também, a bomba atómica; em 1949 triunfava a Revolução Chinesa...
O «comunismo avançava». E o grande capital, em pânico, deitava contas à vida...
É neste contexto que nasce e se desenvolve a célebre operação anticomunista e antidemocrática levada a cabo nos EUA, que ficou conhecida por Caça às Bruxas.
Foi no final dos anos 40 que um senador norte-americano - de seu nome Joseph MacCarthy e de sua condição fascista, sádico e psicopata - iniciou uma gigantesca operação de impiedosa caça aos comunistas, alegando que estes eram «antipatriotas» e preparavam «um complot para derrubar o Governo dos EUA e substituí-lo por um governo comunista que acabaria com a liberdade».
Para isso criou e pôs a funcionar uma tal Comissão de Actividades Anti Americanas que viria a celebrizar-se pela sua intolerância e por uma doentia e perversa sanha persecutória e repressiva.
MacCarthy tinha já alguma «experiência» na matéria: eleito senador em 1946, a sua primeira intervenção enquanto tal foi a de propor que o exército fosse mobilizado para pôr termo a uma greve de mineiros - e que os grevistas fossem julgados em tribunal marcial.
O anticomunismo corria nas veias do novo senador...
Ser comunista era, na visão perturbada de MacCarthy, crime grave, mas também o era ser familiar, amigo, vizinho de comunista... - ou, apenas, dar os bons dias a um comunista...
Assim, os «suspeitos» eram aos milhares e os nomes dos «suspeitos» eram lançados na lama pública. Muitos foram os que «desapareceram» ou se «suicidaram» (com ou sem aspas). após receberem a intimação para irem depor perante a sinistra Comissão, ou depois de prestado o depoiamento.
O ambiente de medo generalizado e de histeria, gerava as situações mais degradantes e anti-humanas.
A denúncia - do pai, da mãe, do filho, do irmão, da mulher, do marido, do amigo, do colega... - era enaltecida e apresentada como exemplo maior de «patriotismo».
Milhares de pessoas foram vítimas, em muitos casos tragicamente, da intolerante, sádica e perversa operação da Caça às Bruxas - que se prolongaria até meados da década de 50.
12 comentários:
tou a ver que nao sabe muito de historia, senao nao dizia uma MENTIRA que disse: o Exer Vermelho nao libertou, OCUPOU E TIROU A LIBERDADE desses paises. eles nao escolheram, foram obrigados a escolher.
J.Z.Mattos
Que raio de pontaria que eu tenho...
Havia ZERO comentários quando te comecei a ler. Tinha o comentário 'engatilhado'. Agora apetece-me dizer que a caça aos bruxos - no sentido inverso - faz alguma falta...
Um beijo grande
(já percebi que vamos ter uma lição de História nos posts seguintes, e tanta falta nos faz)
Se estes aspectos da "democracia" estado-unidense fossem tão publicitados quanto os "crimes do comunismo", ficavam todos a olhar para os EUA de soslaio, vendo que aquele país não é democrático e aquele povo está longe de ser livre.
Mas estes exemplos de democracia não acabaram. Acabou o perigo do comunismo mas começou o do "terrorismo". Já há registos de no século XXI, o FBI ter inserido os seus agentes em movimentos de paz e que se proclamavam contra a guerra no Iraque e no Afeganistão. Com o Patriot Act, o governo americano, maior instituição burguesa daquele país, pode espiar e escutar a vida de qualquer dos seus cidadãos sem mandato de busca e prendê-lo caso se suspeite de "terrorismo".
Foram criada "áreas de livre expressão", para limitar a liberdade de expressão dos cidadãos a áreas específicas definidas pelos governo serviços secretos americanos, limitando e criminalizando as acções de protesto.
Alguém que apresente um cartaz de protesto ou algo parecido perto da presença de um encontro governamental pode ser preso pela polícia.
A CIA, desenvolveu há pouco tempo um programa com intenção de vigiar a Internet, vigiando cerca de 500 mil sites por dia, incluindo blogues, sinalizando o conteúdo dos sites pelo seu nível de influência.
Isto sem falar do número de pobreza real nos EUA que chega aos 80 milhões e da falta de verdadeira democracia económica.
Foi um "período áureo" da história dos EUA, que infelizmente, no essencial, se mantém até hoje.
Extraordinário é haver quem não veja...
Abraço.
E a Cidade de Dresden, totalmente arrasada, pela aviação inglesa e aliados,quando já estava resolvida a II guerra, que matou milhares de pessoas, e agora depois da tal queda do muro, veio dinheiro ( e Negócios )para reconstruir tal como era a cidade. Porqê nunca se falou em tal crime? não foi também um nagazaki ( só que não foi por bomba atómica? Como vivemos num mundo de horrores, mentiras e omissões, tantos anos, até quando?
Até que a história seja contada pelos povos, penso eu......
Abílio Barros
pronto, para aquilo que eu disse nao houve discordancia. enfim creio que tenho razão.
ha neste pais o puro branqueamento da historia do comunismo que os "intelectuais esquerdistas" querem fazer.
e gira o disco e toca o mesmo: EUA EUA mauzaos do costume. enfim
VIVA EUA
J.Z.Mattos
Eu discordo do anónimo e pergunto se na zona ocupada pelos "outros" aliados houve qualquer liberdade de escolha. Quem declarou primeiro a divisão em duas Alemanhas?
Certamente, os maiores actos terroristas da História da humanidade, a destruição de Hiroshima e Nagasáqui pelo grande campeão dos direitos humanos. Certamente, um tenebroso período de caça ao livre-pensamento, esse período pontuado por esse Joseph Goebbels à americana, Mc Arthur, um verdadeiro prócere do pensamento fascista. Sempre em nome dos direitos humanos e sob o alto patrocínio da estátua da liberdade (da liberdade para oprimir e para explorar, como ainda hoje se vê). Uma "liberdade" que não serve a humanidade. Como escrevia Brecht: "de que serve a liberdade quando os livres têm que viver com os não livres?..."
porque é que o J. Z. Mattos não se vai masturbar para outro lado?
os "Americanos" têm uma história de ouro a começar na libertação dos índios, a passar pela libertação dos iraquianos e a acabar onde não podemos deixá-los chegar, que seria o extermínio da vida no nosso planeta.
O filme do Chaplin Um Rei em Nova-York é uma grande ilustração desse processo.
J.Z.Mattos: Pois.
Maria: realmente, com uma pontaria dessas só te podem sair duques...
Um beijo grande.
Nelson Ricardo: ... e o Echelon escuta todos os dias 6 mil milhões de chamadas telefónicas...
Um abraço.
samuel: há quem não vê; há quem não queira ver...
Um abraço.
Abílio Barros: o bombardeamento de Dresden - executado pelo marechal Arthur Harris sob ordem do Churchill - insere-se no mesmo «critério» que presidiu aos bombardeamentos de Hiroshima e Nagasáki.
Um abraço.
Graciete Rietsch Monteiro Fernandes: um beijo amigo.
Manuel Rodrigues: de facto, a História está cheia de demonstrações do conceito de democracia dos EUA.
Um abraço.
Zé Canhão: um abraço.
Antuã: a caça às bruxas é apenas um momento dessa maneira deles de estar no mundo...
Um abraço.
Ana Martins: num próximo post recordarei alguns dos filmes que abordam deste processo.
Um beijo.
Enviar um comentário