A FESTA DO LIVRO

A Festa do Livro é marcada, todos os anos, pelo lançamento de vários livros - que vale a pena comprar e ler.
Um dos livros lançados este ano - da autoria de António Gervásio - diz em título e demonstra com fotos e textos que «A Reforma Agrária é Necessária».

As cerca de trezentas fotografias, complementadas com textos de Álvaro Cunhal e de António Gervásio, contam-nos a história da Reforma Agrária:
o tempo negro do fascismo, em que A Terra a quem a Trabalha era um sonho que alimentava a luta heróica do proletariado rural do Sul contra o latifúndio sustentáculo do fascismo;
o tempo luminoso da Revolução de Abril, em que, sempre através da luta, esse sonho se concretizou e produziu a mais bela conquista da Revolução;
o tempo sombrio da brutal ofensiva contra-revolucionária, em que, não obstante a corajosa resistência dos trabalhadores, as forças reaccionárias - encabeçadas pelo PS/Mário Soares e pelo PPD/Sá Carneiro/Cavaco Silva - destruíram a Reforma Agrária, impondo o passado ali onde o futuro estava a ser construído.
E concluem: a Reforma Agrária, com a entrega da Terra a quem a trabalha ou a queira trabalhar, é necessária, porque ela é parte integrante e indispensável da Democracia.

9 comentários:

samuel disse...

Exactamente porque é necessária, ainda não foi dita a última palavra sobre a posse e uso da terra no Alentejo (e no resto do país).
Estou a ver-me na Conferência da Reforma Agrária, em Évora, cantando aquele hino que fiz... estou convencido de que um ou outro camponês gostava de ouvir aquilo... :-)))

Abraço.

GR disse...

Foi para mim um momento grande, muito emocionante.
Reviver um passado recente ou talvez um passado distante que teima em ficar, muito próximo da nossa memória e sempre no coração.
Adorei ouvir o camarada Gerevásio.
É um livro histórico, com fotos belíssimas e pequenos textos de imensa grandeza, como do nosso camarada Álvaro e o prefácio do camarada José Casanova escrevendo, «no futuro democrático de Portugal, a Reforma Agrária – com a liquidação do latifúndio iníquo e a entrega da terra a quem a trabalhe – é uma necessidade incontornável», e que lutar por ela é lutar «pela democracia, pela liberdade, pela justiça social, pelo progresso, pela independência e soberania nacional». termina cheio de futuro e de poesia, «é por Abril de novo que hoje nos batemos».

Comprei alguns livros para oferece no natal ou num destes dias a um amigo/a.

Bjs,

GR

Maria disse...

Não fui à Festa do Livro. Não tive tempo. A Festa devia durar mais um dia, ou eu devia não ceder a 'pressões externas' e fazer o que tinha programado...

Um beijo grande.

recados:
Samuel, também eu gosto de ouvir esse 'Hino', e tenho o EP todo riscadinho...

GR, ó pra mim, a pôr-me já na fila... :))

Beijos

Antonio Lains Galamba disse...

eu tenho um!!!!!olarilólé! :) belo livro! uma bela oferta de camaradas! ehehehe

abraço

rapariga do tejo disse...

A todos os que caminharam muito alcatrão para trabalhar a terra de ninguém...

Quando um homem se levanta
Outro atrás o acompanha
Cerram os punhos pelo pão
Erguem nos quando a Reforma Agrária foi a aurora nesta clandestina nação.

A ti Couço que tanto amo e orgulho me dá trazer te nas veias...

Também comprei esse magnífico desenhar de luta e povo! :)

Fernando Samuel disse...

samuel: há dias estive com um grupo de jovens candidatos da CDU e vim a «descobrir» que eram filhos de homens que fizeram a Reforma Agrária: um dia destes vou levar-lhes o teu hino.

GR: sempre no coração, dizes bem: a Reforma Agrária foi um sonho maior que concretizámos - a confirmar que o Futuro é possível.
Um beijo.

Maria: quando nos encontrarmos ofereço-te o livro: está o compromisso assumido.
Um beijo grande.

Antonio Lains Galamba: aí está um bom livro para ser oferecido por amigos...
Um abraço.

rapariga do tejo: lá verás, também, espantosas fotos do Couço: um 1º de Maio, em 1962, na Ponte caleira; o avanço para as terras, em 1975; a resistência à ofensiva contra-revolucionária...
Um beijo.

Ana Camarra disse...

Não assisti, mas gastei mais do que podia lá, que se lixe!

beijo

rapariga do tejo disse...

Camarada já vi e li com toda a atenção!!!!

e vi, ainda que desfocado, mais um filho do Couço...

O nosso querido Quineta!

Descobre o, ou já descobriste???

:) :) beijinhos de sáveis

Fernando Samuel disse...

Ana Camarra: às vezes vale a pena gastar mais do que se pode...
Um beijo.

rapariga do tejo: o nosso querido Quineta estava sempre presente.
Beijinhos de sáveis, de pescarias, de luta.