Há 33 anos que a política de direita faz a vida num inferno à imensa maioria dos portugueses e faz a vida num paraíso à imensa minoria.
Assim tem sido desde o primeiro Governo Soares/PS até ao actual Governo Sócrates/PS, passando pelos governos Sá Carneiro, Balsemão/Freitas, Cavaco, Guterres/Queijo Limiano, Barroso/Lopes...
Uma política com as consequências acima enunciadas é, inevitavelmente, antidemocrática - por mais que os seus executantes se esmifrem a tecer loas à democracia...
E a realidade mostra que o empobrecimento do conteúdo democrático do regime tem vindo a atingir níveis alarmantes: de facto, os ataques aos direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores e dos cidadãos são cada vez mais frequentes e mais brutais e despertam crescentes memórias do passado fascista.
Eis mais um caso:
recentemente, a Auto-Estradas Atlântico (AEA) proibiu «qualquer entidade (sindical ou de outra natureza) de realizar contactos e distribuir ou afixar propaganda dentro das instalações da empresa».
A proibição foi comunicada aos trabalhadores pelo «supervisor de portagens da AEA».
O deputado comunista Bruno Dias levantou a questão na Assembleia de República.
Sublinhando, de forma pertinente, que tal atitude «configura uma flagrante, escandalosa e descarada violação da Lei e da Constituição», acentuou
que o teor da proibição «remete para os tempos da ditadura fascista».
E fez a pergunta necessária: «O que pensa o Governo fazer face a esta inqualificável situação?».
Tanto quanto sei, o Governo ainda não respondeu.
Mas não será difícil imaginar que resposta vai dar...
O que é que vocês acham?
10 comentários:
Simplesmente o Governo não vai responder.
ou vai dizer que as regras democráticas obrigam a tal atitude...
E que tal a última frase dessa carta do proto-pide da AEA?
"e toda a informação distribuída clandestinamente deve ser destruída"
MG
Não vai responder.
que raiva!
Um beijo grande
Já quase nem interessa saber... vai mentir!
Abraço.
Quaisquer violações à Constituição ou aos direitos dos trabalhadores devem ser punidos. Supostamente é para isso que os políticos e os organismos de protecção dos trabalhadores servem.
O que eu acho é que se vive um tempo de opressão em vários domínios da sociedade, desde a proibição de afixação de propaganda, como represálias dissimuladas sobre os ditos "contestantes" às violações dos direitos humanos, ao retrocesso nas regalias (que não são mais do que necessidades primárias e básicas) dos trabalhadores... E o silêncio vinga, ainda não percebi se é de reflexão para posterior tomada de atitude, ou se é simplesmente de desresponsabilização, qual "lavagem de mãos"... :((
beijos,
Da mesma forma que a história não se repete, o fascismo adopta novas formas, mas, continua a prevalecer na consecução dos seus objectivos, estes em detrimento dos de sempre, daqueles de quem vive à custa.
Respondia-me um camarada um destes dias, que, a situação não era "tão má"! Pois eu penso que sim, penso que são já inúmeros os sinais de agudização da repressão, de imposição do esclavagismo através da chantagem, a qual, esta crise só veio favorecer.
O aparente poder dos medíocres subalternos do cada vez mais concentrado capital, do cada vez menos desafiado ou temeroso nacional-corporativismo, fá-las agigantar-se como bestas que reagem condicionadas com mais medo que aquele que pretendem imprimir.
A luta que hoje continua e que permitiu que tenhamos um Partido capaz de exigir responsabilidades governativas a quem dirige o país, é, e será, um privilégio do qual se devem percatar os trabalhadores, aqueles que além do trabalho, hoje, no nosso Portugal, são obrigados a entregar a vontade.
A revolução é hoje!
Eu acho que:Quando este povo quizer abrir os olhos, e pensar que o seu destino está nas suas próprias mãos, tudo será diferente! É preciso dizer basta!
Abraço
o governo vai fazer o mesmo de sempre... nada. e o povinho português(com muita pena minha), vai encolher os ombros.
combien de temps?
abraço do vale
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