(Chama que nenhum vento apaga...)
A Revolução
parece às vezes que pára
ou que recua
tornando mais funda a escuridão
e a noite menos clara
- como se qualquer Mágica Mão
apagasse o sol dentro da lua.
Mas só os medrosos temem
que a viagem
para a Manhã do Renovo
com limpidez de sémen
termine
- antes que cheguem à paisagem
sonhada para o povo por Lenine.
Não. A nossa Revolução
ainda não acabou
nem tão cedo acaba
- como no alto mar
não gela nenhuma vaga
ao sol de Verão.
Não. A nossa Revolução
continuará,
chama que nenhum vento apaga
- enquanto no coração
dos rico-senhores
doer a ameaça
de os cavadores vermelhos
(o tojo inútil, os estevais, o rasto
das lebres e dos coelhos)
- guiados pelo malogro,
o asco
e a esperança
da sombra de fogo
da Voz do Vasco
colérica e doce.
José Gomes Ferreira
6 comentários:
Continuará, sempre! Haverá sempre alguma coisa para conquistar...
Abraço.
è isso é que é dificil de encaixar para uitos, continua, sempre!
beijos
Bem escolhido. Uma boa poesia para continuar o combate.
O poeta tem razão!
Pois se ela mal começou...
Que saudades da Voz do Vasco, colérica e doce...
Um beijo grande
samuel: mesmo quando já tivermos conquistado (quase) tudo...
Um abraço.
Ana Camarra: e é isso que dá esperança e confiança a muitos outros...
Um beijo.
Nunes: a poesia é uma arma.
Um abraço.
Justine: os poetas têm (quase) sempre razão...
Um beijo.
Maria: o único primeiro-ministro que estava inequivocamente ao lado dos trabalhadores.
Um beijo grande.
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