POEMA

DE MÃOS DADAS


Era um carreiro,
era um atalho,
era um caminho,
é uma estrada larga por onde
caminhamos de mãos dadas.

Era um fio de água,
era uma fonte,
era um ribeiro,
é um rio imenso de sangue correndo
nas veias dos homens de mãos dadas.

Era um sopro,
era uma aragem,
era um vento,
é um vendaval levando-nos
por sobre o mundo de mãos dadas.

Era uma chama,
era uma faísca subtil,
era uma fogueira,
é um incêndio, é uma aurora cobrindo
os que marcham invencíveis de mãos dadas.


Papiniano Carlos

7 comentários:

Justine disse...

Esperança afirmada neste poema luminoso. Muito belo e forte!

Ana Camarra disse...

Essas coisas pequenas, as faiscas, fios de água, sopros é de ter atenção, crescem, CRESCEM!

beijos

samuel disse...

"...não sei quantos mil..."

Abraço.

Maria disse...

É a melhor forma de caminharmos: de mãos dadas...

Um beijo grande

GR disse...

É assim que deve ser,
que tem de ser,
Que É!
De mãos dadas!

GR

Anónimo disse...

Juntos somos uma força invencível!
bjs
Sílvia MV

Fernando Samuel disse...

Justine: como que a dizer que o futuro e nosso...
Um beijo.

Ana Camarra; crescem até se transformarem em Revolução...
Um beijo.

samuel: «muitos, muitos mil»...
Um abraço.

Maria: seremos imparáveis.
Um beijo grande.

GR: de mãos dadas tudo é mais fácil...
Um beijo.

Sílvia MV: demora o tempo que demorar...
Um beijo.