MEUS IRMÃOS...
Meus irmãos
é preciso atrelar os nossos poemas
à charrua do boi magro
é preciso que este se enterre até aos joelhos
na vaza dos arrozais
é preciso que eles façam todas as perguntas
é preciso que recolham toda a luz
é preciso que os nossos poemas como marcos quilométricos
balizem as estradas
é preciso que sejam o sinal a anunciar a aproximação do adversário
é preciso que batam tambor na selva
e enquanto na terra houver um único país
ou um único homem escravo
e enquanto no céu restar nem que seja
um única nuvem atómica
é preciso que os nossos poemas dêem tudo,
corpo e alma para a grande liberdade.
Nazim Hikmet
5 comentários:
Os poemas são reflexos da alma, por isso abrem sempre portas à liberdade.
beijos
A poesia ao "serviço" das grandes causas, como detonadora das grandes mudanças, como reafirmação da Liberdade...
Este poema é tão bonito!
Não conhecia este poeta, mas já sei que tem um livro "poemas da prisão e do exílio". Existe na livraria que te falei.
beijos,
Sílvia MV
Comunicado de Solidariedade com o Povo Hondurenho e com o Presidente Zelaya
Em português:
Depois de se confirmarem notícias que um Golpe de Estado está ocorrendo em Honduras com o sequestro do Presidente, democraticamente eleito, Manuel Zelaya. O colectivo português "Tirem as Mãos da Venezuela" apoia o pedido de solidariedade com o Povo Hondurenho e o seu Presidente Manuel Zelaya feito pela Ministra de Relações Exteriores Patrícia Rodas, exigindo:
- respeito pela democracia hondurenha e pelo seu Chefe de Estado democraticamente eleito.
- respeito pela vida e liberdade do Presidente Manuel Zelaya, do seu governo e de todos os seus apoiantes.
- respeito à decisão soberana de realizar uma consulta popular sobre a realização de uma Assembleia Constituinte.
- os militares devem defender o seu povo e a sua democracia, e jamais a sua oligarquia!
- por uma América Latina livre de golpes imperialistas e de oligarcas!
http://tirem-as-maos-da-venezuela.blogs.sapo.pt/
A poesia é uma boa forma de luta.
E este poema é fantástico!
Um beijo grande
"... ...
Enquanto for preciso lutar até ao desespero da agonia,
O poeta escreverá com alcatrão nos muros da cidade:
Abaixo o mistério da poesia."
Abraço.
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