POEMA

ROTEIRO


Parar. Parar não paro.
Esquecer. Esquecer não esqueço.
Se carácter custa caro
pago o preço.

Pago embora seja raro.
Mas homem não tem avesso
e o peso da pedra eu comparo
à força do arremesso.

Um rio, só se for claro.
Correr, sim, mas sem tropeço.
Mas se tropeçar não paro
- Não paro nem mereço.

E que ninguém me dê amparo
nem me pergunte se padeço.
Não sou nem serei avaro
- se carácter custa caro
pago o preço.


Sidónio Muralha

6 comentários:

samuel disse...

E tantos pagaram e pagam!

Abraço.

Maria disse...

E continuamos a pagar o preço!
A tantos níveis...

Um beijo grande

Anónimo disse...

Pagaremos o Preço que for necessário, estamos preparados, atentos e vigilantes...
A hora é nossa!
abraço

GR disse...

O preço é muito caro, todos nós pagamos.
Cada dia gosto mais de Sidónio Muralha.

Um Bj,

GR

Fernando Samuel disse...

samuel: muitos, mas não tantos como era necessário, é claro...
Um abraço.

Maria: são muitos preços...
Um beijo grande.

Ludo Rex: a hora é dos que têm carácter.
Um abraço.

GR: NÓS, sim...
Um beijo.

Ana Camarra disse...

Pago mas não me vendo!

beijo