O futebolista Cristiano Ronaldo foi comprado pelo Real Madrid, onde ficará a ganhar 30 mil euros por dia (segundo o Público) ou 25 mil euros por dia (segundo o Diário de Notícias).
É evidente que esta diferença de cinco mil euros/dia é irrisória: para o caso, mais cinco mil menos cinco mil não aquenta nem arrefenta.
Todavia, essa diferença, esses mais (ou menos) cinco mil euros/dia de Ronaldo, adquirem uma nova significância se os compararmos, por exemplo, com os cinco mil euros/ano de grande parte dos portugueses...
A notícia da fabulosa compra ocupou, destacadamente, as primeiras páginas dos jornais de hoje, sagrando-se como a grande notícia do dia - com o Ronaldo, em grande plano, de dedo indicador no nariz, a mandá-los calar...
E presumo que assim tenha acontecido em toda a União Europeia - «somos europeus», não é verdade?...
O primeiro-ministro e o ministro do Desporto da Grã-Bretanha pronunciaram-se sobre o assunto: contristados, lamentaram a perda que é, para o Manchester, a saída de Ronaldo, mas, eufóricos, congratularam-se com o «bom negócio» feito pelo clube inglês, já que, como pragmaticamente registou o ministro do Desporto, o Manchester «vende Ronaldo por 80 milhões de libras, depois de o ter comprado por 12».
A Rainha, por enquanto, ainda não se pronunciou sobre a ocorrência.
Que eu saiba, José Sócrates também ainda não disse nada.
Nem o Presidente da República.
(consta que Francisco Louçã proferirá a todo o momento uma oração pública sobre o tema.)
O comprador - um tal Florentino Pérez, que é o «sexto homem mais rico de Espanha» e «presidente da maior construtora espanhola»... - está satisfeito com o negócio e vai comprar mais: segundo disse, tem 300 milhões de euros destinados à compra de futebolistas e, até agora, apenas gastou 163 milhões.
Posto isto, eis a grande questão que se me coloca:
Donde vêm e para onde vão tantos milhões de euros?
É evidente que esta diferença de cinco mil euros/dia é irrisória: para o caso, mais cinco mil menos cinco mil não aquenta nem arrefenta.
Todavia, essa diferença, esses mais (ou menos) cinco mil euros/dia de Ronaldo, adquirem uma nova significância se os compararmos, por exemplo, com os cinco mil euros/ano de grande parte dos portugueses...
A notícia da fabulosa compra ocupou, destacadamente, as primeiras páginas dos jornais de hoje, sagrando-se como a grande notícia do dia - com o Ronaldo, em grande plano, de dedo indicador no nariz, a mandá-los calar...
E presumo que assim tenha acontecido em toda a União Europeia - «somos europeus», não é verdade?...
O primeiro-ministro e o ministro do Desporto da Grã-Bretanha pronunciaram-se sobre o assunto: contristados, lamentaram a perda que é, para o Manchester, a saída de Ronaldo, mas, eufóricos, congratularam-se com o «bom negócio» feito pelo clube inglês, já que, como pragmaticamente registou o ministro do Desporto, o Manchester «vende Ronaldo por 80 milhões de libras, depois de o ter comprado por 12».
A Rainha, por enquanto, ainda não se pronunciou sobre a ocorrência.
Que eu saiba, José Sócrates também ainda não disse nada.
Nem o Presidente da República.
(consta que Francisco Louçã proferirá a todo o momento uma oração pública sobre o tema.)
O comprador - um tal Florentino Pérez, que é o «sexto homem mais rico de Espanha» e «presidente da maior construtora espanhola»... - está satisfeito com o negócio e vai comprar mais: segundo disse, tem 300 milhões de euros destinados à compra de futebolistas e, até agora, apenas gastou 163 milhões.
Posto isto, eis a grande questão que se me coloca:
Donde vêm e para onde vão tantos milhões de euros?
9 comentários:
Pão e Circo, camarada! Pão e Circo! E quanto mais curta é a côdea, maior a palhaçada
De onde vêm e para onde vão?Desconfio... Passam é, quase de certeza, pelos "off-shores"!
É cá uma "limpeza"!
Abraço
Então?! Olhó sigilo, olhó sigilo bancário, companheiro!
Acertámos (quase) no mesmo post... o que não é a mesma coisa que acertar no poste.
Abraço.
Às tantas é do "pó" branco, é preciso lavá-lo, porque não é tão branco quanto o pintam...
Abraço.
É uma afronta para os trabalhadores, os desempregados, reformados.
É uma afronta para qualquer pessoa, qualquer país!
Irra! É uma afronta!
GR
É uma grande mafia.
Clyde: pão e circo, dizes bem.
Um abraço.
do zambujal: os off-shores são uma espécie de lavandarias do tempo do «lei seca»...
samuel: pois acertámos! - e ainda bem...
Um abraço.
salvo conduto: sabe-se lá...
Um abraço.
GR: a afronta maior situa-se a montante deste negócio...
Um beijo.
Antuã: grande e vasta...
Um abraço.
De certeza que não é a trabalhar....
Ana Camarra: de certeza!
Um beijo.
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