A turba canora que, sob os mais diversos pseudónimos - «comentador», «analista», «politólogo», «jornalista»... - propagandeia a política de direita, todos os dias, em todos os média dominantes, reagiu à candidatura comunista de Francisco Lopes nos moldes esperados.
Hoje, o DN, em meia dúzia de linhas, faz uma síntese rigorosa dos argumentos até agora utilizados pelos colegas de ofício na ofensiva contra o candidato do PCP.
Na sua rubrica «Elevador», o DN coloca Francisco Lopes a «descer».
E explica as razões - que são três, qual delas a mais poderosa:
1ª: é «um homem dos bastidores»;
2ª: tem «um discurso velho, ortodoxo»;
3ª: «e só fala no colectivo».
Devidamente traduzidas, dizem-nos estas razões que o candidato comunista, para estar a «subir», precisaria de:
1º: ter uma prática de defesa da política de direita - condição indispensável para atingir a ribalta medática;
2º: ter um discurso de defesa da política de direita -condição indispensável para que o dito discurso seja considerado «novo»; mais do que isso: «moderno».
3º: nunca esquecer que «colectivo» há só um: o do grande capital e mais nenhum - condição indispensável para uma noção de «colectivo» integrada na defesa da política de direita.
Ora, a candidatura de Francisco Lopes apresenta-se inequivocamente integrada na luta contra a política de direita;
o discurso de Francisco Lopes fala de um novo rumo para Portugal, «assente numa política patriótica e de esquerda, vinculada aos valores de Abril, capaz de realizar os direitos e as aspirações dos trabalhadores e do povo, de assegurar o desenvolvimento económico e o progresso social e afirmar a identidade cultural, a soberania e a independência nacionais»;
e o «colectivo» referido por Francisco Lopes é (utilizando as palavras de Álvaro Cunhal) «o nosso grande colectivo partidário».
Assim sendo, está tudo nos conformes:
os média do grande capital dizem o que lhes compete dizer sobre a candidatura comunista;
a candidatura comunista dará mais força à luta contra a política de direita, até a derrotar e substituir por uma política de esquerda - e «tendo sempre no horizonte o socialismo».
13 comentários:
A única coisa coisa que vejo subir no elevador é o medo. Medo do candidato diferente. Bem sei que cada "degrau eleitoral" que nós subamos, por mais pequeno que seja o paço cresce o medo dentro deles. Dormirão de noite?
O candidato do Partido Comunista Português, o camarada Francisco Lopes, é uma candidatura necessária!
Enquanto essa gente nos atacar é porque estamos a cantar bem.
... e é por isso mesmo que é o meu candidato!
Um beijo,
Decididamente... cada vez vou descobrindo mais "defeitos" no meu candidato... :-)))
Abraço.
A maioria dos portugueses, anda a votar mal, há mais de trinta anos!
Portugal chegou a este estado mierável, e os portugueses continuam a acreditar nestes (jornais e nestes jornalistas)?
Balha-me deuje!
O nosso candidato Francisco Lopes não é ortodoxo, coisa nenhuma, eles é que são fascistas travestidos de democratas.
Abraço
Agora é que já não entendo nada. Pintassilgo diz que andam a cantar bem … mas parece-me que o coro está um pouco desafinado. Então, há dias dizia-se que o Camarada é ortodoxo (Álvaro Cunhal também o era) e agora vem um popular (em prosa) dizer que “o homem não é ortodoxo coisa nenhuma”?
É por estas, e outras semelhantes, que os portugueses têm andado a votar mal nestes 30 e tal anos. A nível das bases dos partidos, é nítida a falta de um sólido esclarecimento de idéias e de seriedade nos debates (visível em alguns comentários deste e de outros blogs).
Eu até gosto dos “defeitos” do homem e as três razões apontadas são motivo para lhe dar o meu voto, mas não gostaria, mesmo nada, de vir a incluir-me no tal grupo de portugueses…
Os politólogos da nossa praça que são vistos e ouvidos nas tvs e rádios não querem 'perceber' o que nós sabemos que eles sabem...
Portanto, tudo como dantes... mas a candidatura é A Necessária!
Um beijo grande.
Sem dúvida que esta é a candidatura necessária!
Um candidato que respeita os valores de Abril, se preocupa com o bem-estar dos trabalhadores, pensa no progresso… e tem sempre como horizonte o Socialismo?...
É quanto basta para que o apoie e lhe dê o meu voto!
É (?) um homem dos bastidores? E o que é que isso interessa? Alguém, exceptuando familiares amigos e seus camaradas, ouvira falar de Salgueiro Maia antes do dia 25 de Abril de 74? E no entanto, não fora ele um homem íntegro, de convicções firmes e determinado, onde e como estaria cada um de nós neste momento?
O Jerónimo ensaiou na Atalaia a palavra de ordem recuperada da sua campanha:"Francisco avança com toda a confiança".Eu acho que soa melhor "FRANCISCO LOPES avança com toda a confiança".Até porque anda por aí outro Francisco L.que não é carne, nem é peixe, e em coisas sérias, nada de confusões...
Abraço
Ao anónimo das 00:49
Eu não tenho por hábito responder a anónimos, porque sou um homem que dou a cara assumindo-me por inteiro, e depois tenho dúvidas que valha a pena perder tempo com anónimos, mas, como um anónimo esconde dentro de sí uma falsa valentia que ás vezes se assemelha a ignorãncia, a minha humildade leve-me a exclarecer que, sou conhecedor da dimensão da palavra "ORTODOXO" só quem acusa os comunistas de ortodoxos tem outra intensão com sentido depreciativo - e não vou perder mais tempo, porque o tempo é a única coisa que eu tenho para vender, assim que me levanto.
Membro do Povo: nada lhes mete mais medo do que a nossa exiatência, a nossa acção e os nossos objectivos.
Um abraço.
António: obrigado pela visita e pelo comentário.
Um abraço.
Pintassilgo: essa é uma grande verdade.
Um abraço.
smvasconcelos: razões mais do que suficientes...
Um beijo.
samuel: e isto ainda agora começou...
Um abraço.
poesianopopular: lá que andam a votar mal, andam. Temos que os convencer a votar bem, ou seja, a votar nos seus interesses.
Um abraço.
anónimo: se as três razões apontadas são razão para votar no candidato comunista... vamos a isso...
Saudações.
Maria: eles, perceber percebem... só que não lhes convém...
Um beijo grande.
Anjos: bem observado...
Um beijo amigo.
José Rodrigues: e és capaz de ter razão...
Um abraço.
poesianopopular: ortodoxo, para eles, significa comunista...
Um abraço.
É o meu candidato. O único capaz de levar os interesses dos trabalhadores a Belém.
Um Abraço.
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