SEM BATER À PORTA

Segundo a lenda, em 13 de Agosto de 1917 ocorreu a 4ª aparição de Nossa Senhora aos pastorinhos.
A 1ª fora em 13 de Maio como todo o mundo sabe, e a 6ª e última em 13 de Outubro - desconhecendo-se as causas da sua interrupção (definitiva, pelo menos até agora).

De acordo com uma tradição iniciada em 1940, é no 13 de Agosto que, todos os anos, os emigrantes peregrinam até Fátima e ali, num cenário de múltiplas orações e cânticos, fazem os mais diversos pedidos à Senhora - sendo o mais comum, naturalmente, o de «saúde e sorte».

Assim foi este ano, em que milhares de emigrantes rumaram ao Santuário de Fátima.
Contudo, com uma ligeira diferença em matéria de pedidos à Virgem Maria: desta vez, segundo as notícias, «um dos pedidos mais frequentes dos emigrantes foi o de que a crise não os afecte».
Não há notícia, até agora, de qualquer resposta ao pedido feito.

Entretanto, a crise continua - afectando exclusivamente os trabalhadores (emigrantes ou não) e favorecendo exclusivamente os donos dos grandes grupos económicos e financeiros, cuja pátria é o mundo - e, por isso, nunca emigram, como o prova o facto de, entre os milhares de emigrantes que se deslocaram a Fátima, não haver um único dono de grupo económico e financeiro...

Na verdade, os donos dos grandes grupos económicos e financeiros não só não peregrinam como os seus palácios são locais de peregrinação, regularmente frequentados, há milénios, por Nossa Senhora e pelo Pai e pelo Filho e pelo Espírito Santo - que fazem parte da Casa e da Família e, porque têm chave, entram sem bater à porta.

9 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Para os não emigrantes "cuja pátria é o Mundo" foi bem mais útil o 13 de Maio. E aí eles estão.

Um beijo

samuel disse...

A confirmar que, pelo menos para alguns, o 13 foi um número da sorte...

Abraço.

Mário Pinto disse...

Algo que não deixa de ser curioso é o facto de, mesmo retirados paulatinamente os apoios necessários que o estado devia manter na emigração, desde educativos a legais, os nossos conterrâneos continuem devotos a essa entidade mágica, ainda que seja essa uma forma de despejar o resultado da sua renúncia da vontade.

poesianopopular disse...

Fala baixo!
Olha que ainda arranjam um dia 13 de um outro mês,só para os homens da alta finança!
Não duvides! Se isso servir para perpetuar a situação...!
Abraço

Maria disse...

Nem no dia 26 de Abril de 74 foram a Fátima... piraram-se depois para outros 'brazis', pois então!

Gosto do teu humor fininho :)))

Um beijo grande.

João Henrique disse...

«Sem bater à porta»,entram-nos diáriamente em casa as consequências nefastas e gravosas das políticas deste (des)Governo.
Isto não vai lá com milagres... mas com determinação e luta.

Um abraço.

Antuã disse...

Agora há mais emigrantes que há uns anos atrás. porquê?!...

Op! disse...

Quando Carl Marx morreu foi parar ao inferno. Passado algum tempo os demónios que trabalhavam nos fornos entraram em greve, então o Diabo (que se dava bem com S. Pedro) ligou ao amigo a pedir ajuda.

Diabo: estou S. Pedro, como estas? Olha tenho aqui o Carl Marx a organizar os trabalhadores do inferno e isso está-me a causar problemas. Não podes ficar com o Marx no Paraíso só um mês para eu resolver a situação?

S. Pedro: Claro que posso. Mas só um mês!

Então Marx foi para o paraíso e a resistência dos trabalhadores infernais foi vencida. Mas passaram-se 3 meses e nada de Carl Marx no inferno! Então o Diabo já preocupado ligou ao seu amigo.

Diabo: Estou, S. Pedro? Que é feito do Carl Marx?

Pedro: Não é S. Pedro, é camarada Pedro!

Diabo: O quê?!?!?!?!?! Deus deixa que te tratem assim!?!?!?!?!!?!?

Pedro: Deus não existe, é uma invenção do capital.

Fernando Samuel disse...

Graciete Rietsch: é verdade.
Um beijo.

samuel: para eles não há «números» sem sorte...
Um abraço.

CRN: é mais fácil e mais cómodo apelar ao céu...
Um abraço.

poesianopopular: se isso servir... não tenhas dúvida.
Um abraço.

Maria: sempre abençoados pela Nossa (deles) Senhora...
Um beijo grande.

joão l.henrique: é esse o caminho.
(tenho tido grandes didficuldades de acesso à caixa de comentários do Ponta Esquerda)
Um abraço.

Antuã: é devido às excelências da política de direita...
Um abraço.

Membro do Povo: boa!
m abraço.