SALA DE CONCERTOS
XXXIII
(Lápide.)
Mozart morreu. E no meio da tempestade
de neve e abandono,
dois gatos-pingados
de rendas de luto
e vénias de minuete
lançaram o caixão
na vala comum,
a assobiar.
Todo o planeta
passou a ser a cova viva de Mozart.
José Gomes Ferreira
3 comentários:
Duro como um diamante, o poema.
Pena... que entre muitos dos que hoje lhe oferecem flores... continuem as rendas de luto e vénias de minuete atirando a cultura para a vala comum a assobiar.
Abraço.
Tão forte e tão intenso...
Um beijo grande.
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