CAFÉ
V
(Epitáfio para um morto pela polícia.
Morreu com tanta simplicidade, tão anónimo!)
Não. Não descanses, morto!
Tu que não morreste na cama
mereces o destino diferente
de não te desfazeres em lama
como toda a gente.
Não descanses, morto!
Para que de ti e da Terra se evole
outra espécie de sol...
José Gomes Ferreira
7 comentários:
Sempre a esperança e a confiança num futuro que há-de vir...
Um beijo grande.
É da luta e também dos que por ela e com ela pereceram, que o novo SOL há-de nascer.
Um beijo.
Faz-me sempre sorrir, O JGF!
Felizmente, os grandes poetas são sempre testemunhas destas mortes "simples e anónimas"...
Abraço.
Os Resistentes mortos voam alto bem perto do Sol,sabem que um dia O Sol Brilhará para Todos Nós!
Bjs,
GR
Maria: e há-de vir.
Um beijo grande.
Graciete Rietsch: esse SOL terá que ser conquistado a pulso...
Um beijo.
Justine: imagino-o a passear por Lisboa, à noite, sozinho, a inventar poemas...
Um beijo.
samuel: sem eles...
Um abraço.
GR: avante, camarada!
Um beijo.
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