POEMA

AQUELE QUE SE SENTOU À PORTA DO TEMPO


Aquele que se sentou à porta do tempo
e deixou dormir o pensamento sobre a relva
em demasia confiante ou desenganado

aquele que se sentou estupidamente no tempo
e o deixou escorrer irremediavelmente entre os dedos
como velha adormecida no outono

honestamente aproveitou o oásis
alheio ao decorrer das caravanas
no livro dos povos ficará
com o prolongamento dos tiranos.


Rui Namorado

5 comentários:

samuel disse...

Bela "resposta"!

Abraço

Maria disse...

É isso mesmo!

Outro beijo grande

Justine disse...

"Esperar não é saber..."
Beijo

Ana Camarra disse...

Esperar é só esperar, por vezes alcança, por vezes desespera-se, mas para se alcançar tem de se fazer por isso, esperar só não chega.

beijo

Fernando Samuel disse...

samuel: como se costuma dizer: na mouche...
Um abraço.

Maria: e outro para ti.

Justine: vem, vamos embora...
Um beijo.

Ana Camarra: ou como dizia o arguto Santo Agostinho: «A esperança tem duas filhas lindas: a raiva e a coragem. Raiva do estado das coisas e coragem para mudá-lo»...
Um beijo.