POEMA

(Ao porco que todo o dia e toda a noite
grunhe em forma de símbolo debaixo
do meu quarto, na casa da senhora Rosinha.)


Eh! vizinho porco
todo o dia de borco
a foçar na terra onde nasceu!
Ensine ao aldeão
a sua lição
de pensar menos no céu
e mais no chão.

(Na terra, camponês,
também há estrelas
que tu não vês...
Mas hás-de vê-las.)


José Gomes Ferreira

4 comentários:

Justine disse...

O poeta das palavras simples e grandes!

Graciete Rietsch disse...

Na terra também há etrelas e serão o camponês, o operário, o trabalhador que as farão nascer, porque eles são os criadores de riqueza.

Um beijo.

samuel disse...

Parece que todos teremos que voltara ver...

Abraço.

Anónimo disse...

Amigo Fernando Samuel, isto deve ser uma daquelas coincidências felizes, pois estou a ler "Tempo Escandinavo" (contos) do mesmo autor que é uma maravilha. Um abraço

(Jorge)