CANTIGA DO ÓDIO
O amor de guardar ódios
agrada ao meu coração,
se o ódio guardar o amor
de servir a servidão.
Há-de sentir o meu ódio
quem o meu ódio mereça:
Ó vida, cega-me os olhos
se não cumprir a promessa.
E venha a morte depois
fria como a luz dos astros:
Que nos importa morrer
se não morrermos de rastros?
Carlos de Oliveira
4 comentários:
Vou conhecer melhor Carlos de Oliveira-poeta, pela tua mão!
Obrigada:))
Este poema é fantástico!!
Conheço mal Carlos de Oliveira como prosador e muito menos como poeta.Acho-o um escritor um pouco difícil, mas este poema não engana.
É uma homenagem à dignidade de qualquer ser humano.
Um beijo.
Sem razão seria a vida...
Abraço.
Justine: então... voo voltando a ele.
Um beijo.
Graciete Rietsch: este poema é do livro «Mãe Pobre» - que é indispensável ler, bem como toda a obra poética do Autor... e a obra em prosa...
Um beijo
samuel: sem razão e... sem nada...
Um abraço.
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