BANDALHOS

Mais um jornalista foi assassinado nas Honduras.
Chamava-se Hector Polanco e tinha denunciado negócios escuros envolvendo políticos e agrário de São Pedro de Sula.

Hector Polanco é mais uma vítima da brutal repressão que se instalou nas Honduras após o golpe militar, concebido pelo Governo de Obama e executado por fascistas locais.
As Honduras são, hoje, um dos países mais perigosos para jornalistas: em 2010 foram assassinados 11 profissionais da informação.

Sobre estes crimes, os média dominantes portugueses lançaram uma cerrada cortina de silêncio: nem uma referência, nem uma palavra, nada.
Nem sequer a notícia do crime.

Os jornalistas assassinados nas Honduras são colegas de profissão dos jornalistas portugueses e, destes, não há um único - um único! - que tenha a coragem de um gesto solidário, de denunciar os crimes brutais que ali estão a ser praticados.
Não há um único!
Bandalhos!

9 comentários:

Anónimo disse...

É verdade. No entanto, quase que aposto que se morrer um jornalista a cobrir a guerra dos rebeldes na Líbia, temos logo um ou dois gestos solidários vindos do «Público» ou do «DN».

(Jorge)

cid simoes disse...

Não me permito generalizar mas esta classe de escribas tocou o fundo. E no entanto sob a repressão fascista tiveram um comportamento digno.

trepadeira disse...

Quando deixam de se pronunciar e intervir lucidamente,"perderam a utilidade",são seres mortos.

Um abraço,
mário

samuel disse...

A maior parte dos nossos "jornalistas" fica "esgotada", depois do grande esforço "solidário" de apoio a dois ou três jornalistas de Cuba, um da China, outro acolá... algures...
Não podem chegar para tudo!

Abraço.

Antuã disse...

São vermes.

Fernando Samuel disse...

jorge: nem é preciso que, na Líbia, morra um jornalista - como o meu post de hoje mostra...
Um abraço.

cid simões: estou de acordo: a classe tocou o fundo, agora; e resistiu ao fascismo: a classe é a mesma, os homens é que são outros...
Um abraço.

mário: mortos e putrefactos...
Um abraço.

samuel: ou mesmo um jornalista de Espanha na Líbia...
Um abraço.

Antuã: vermes: exacto.
Um abraço.

Graciete Rietsch disse...

Tenho muita pena que alguns jornalistas que, em principio julgo honestos, se calem perante esta e outra barbaridades equivalentes.

Um beijo.

Fernando Samuel disse...

Graciete Rietsch: pois é, mas calam-se...
Um beijo.

Anónimo disse...

Fernando Samuel
Aos jornalistas tenho apelidado de FDP e tem-me parecido que não há muita gente a gostar. Acontece que quase todos os dias aparece gente a falar contra tal categoria de gente o que me tem dado razão ao meu pensamento. Sobre quem lutou no tempo do fascismo ou já faleceu ou estão com provecta idade. Mas em Portugal ainda não matam os mais aventureiros caso da Manuela Moura Guedes quando denunciava o Sócrates mas afastam-nos das camaras.