POEMA

(A um morto soviético.)


A ave da morte
cantou numa bala
e o homem tombou
no silêncio de trapos...

Eh! morto: não fiques aí
deitado de costas
à espera que o céu
te caia nos olhos!

Volta-te e olha para a terra
- a carne da tua sombra
de flores acesa.

Céu para quê?

O céu é para os que esperam
e tu morreste por uma certeza.


José Gomes Ferreira

4 comentários:

samuel disse...

E foram tantos, tantos...

Abraço.

svasconcelos disse...

Grande poema!

beijo,

Anónimo disse...

Um grande poema.

(Jorge)

Graciete Rietsch disse...

Muitas flores nascerão daqueles que dão a sua vida pelo futuro!!
Grande,grande José gomes Ferreira!!

Um beijo.