CANÇÃO BURGUESA
Consolo e delícia
da vida burguesa...
Sete horas em ponto
o jantar na mesa;
café bem quentinho,
conversa tranquila,
e um lençol de linho
esperando o seu dono
para um belo sono...
(Que bom não ter sonhos,
dormir sossegado!)
Já estou acordado,
já salto da cama,
- Maria, Maria,
traga os meus chinelos,
traga o meu pijama...
A alma lavada,
o corpo limpinho,
- Bom dia, vizinha!
- Bom dia, vizinho!
Consolo e delícia
da vida burguesa...
Se isto continua,
morro, com certeza!
Raul de Carvalho
4 comentários:
Mais uma vez a ironia e a lucidez num poema delicioso!
Continua... e para já, com tendência a piorar.
Abraço.
Belo retrato da burguesia endinheirada. Sem objectivos que não sejam a manutenção do seu conforto.
Um beijo.
Olá, boa tarde!
É um imenso prazer vir aqui e convidá-la a visitar meu blog de POESIAS. Por gentileza, gostaria muito que desse uma esticadinha até lá e deixasse seus coments. Se não for pedir muito, e quiser indicar meu blog a amigos e amigas, te agradeço de coração. Muito mesmo!
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Abraços,
João, poeta.
www.ludugero.blogspot.com
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