O LÍDER E O COLECTIVO

O líder é... o LÍDER: é o manda chuva, é o chefe, é o patrão, é o boss...
Enquanto tal, o líder tem plenos e absolutos poderes: o líder, ele e só ele, decide sobre tudo.
Para o líder o colectivo não existe: é coisa ruim, perigosa, mesmo, porque põe em causa as capacidades e valências do líder (que devem ser incontestáveis e incontestadas) e porque... é coisa de comunas...
No partido que lidera, o líder escolhe os dirigentes que vão servir a sua liderança; escolhe os candidatos a deputados - os que, previsivelmente, vão ser eleitos, como é óbvio - e, em todas as matérias, decreta, manda publicar e ordena que se faça.
Se o partido é governo - e é para isso, exclusivamente para isso, que o partido existe - o líder escolhe o elenco governamental, define a política governamental: enfim, lidera.
É O LÍDER! - e está tudo dito.

Por isso, se perde as eleições, perde tudo - e ai dele, ai do líder!
É disso que os jornais têm falado nos últimos dias...

De Sócrates, há quem diga que, «se perder» tem que seguir o exemplo das grandes figuras da internacional família, digamos assim, socialista, ou seja, demitir-se - «como fizeram Mário Soares, Filipe Gonzalez, Gerhard Schroder»...
(Guterres, como estamos lembrados, preferiu fugir antes de ser derrotado)

Também no PSD, diz a tradição que«líder derrotado não tem hipótese de segunda oportunidade» - logo, Passos Coelho ou ganha e fica, ou perde e vai à vida.
(E até o BE - diz o Director do DN - «a confirmarem-se os resultados das sondagens (...) vai entrar num processo de debate político»...)

É assim a vida do líder e dos partidos onde o líder é TUDO - mas onde os resultados eleitorais são MAIS QUE TUDO...



Já no PCP, as coisas são diferentes: se os resultados são positivos, o mérito é do colectivo; se são negativos, é o mesmo colectivo que assume as responsabilidades.

Porquê?
Porque tudo foi decidido e levado à prática colectivamente.

Porque a actividade do colectivo não se esgota nas eleições, bem pelo contrário, elas são vistas e encaradas como uma vertente da luta de massas - essa sim, a principal e a decisiva forma de intervenção do Partido da classe operária e de todos os trabalhadores.
Porque, sejam quais forem os resultados de um acto eleitoral, para os comunistas, no dia seguinte, A LUTA CONTINUA: nas empresas e locais de trabalho, nas localidades, nos campos, nas escolas...

Tudo isto porque no PCP o colectivo é quem mais ordena.

14 comentários:

cid simoes disse...

E quem é que lidera os líderes?

Pata Negra disse...

eu fiz...
eu farei...
o que eu disse...
o que eu digo...
o que eu sei...
comigo...
comigo...
comigo...
eu sou...
sempre fui...
aconteço...
mereço...
fui eu que...
sou eu que...
eu! eu! eu! eu!...
mas então eles não representam ninguém!? nunca dizem nós?!

No dia cinco vamos eleger os deputados para a Assembleia da República! Aconteça o que acontecer, cá continuaremos, nós!...

Mas também temos "eu": o nosso abraço

Anónimo disse...

E porque assim é mais sensato e porque assim deveria ser em todos os colectivos ou ditos partidos políticos... e é assim que caminhamos para o futuro, com esta ideia de pensar em colectivo (o que vale) e menos em individual.

(Jorge)

samuel disse...

E isso causa tantas crises de nervos... :-)))

Abraço.

Graciete Rietsch disse...

É por isso qu nas intervenções do PCP se ouve tanto o promome "Nós" mesmo ou principalmente quando é o "líder" que fala.

Um beijo.

Anónimo disse...

O facto evidente é que o PCP se tornou um colectivo de bobos da côrte cujo papel é dar um ar de comédia aquilo que os outros partidos levam a sério; ou seja conquiatar o poder e mandar o PCP para a oposição a fim de simular a democracia do regime para convencer os incautos, e, agradecer-lhe com a disribuíção de alguns lugares que estes srs revisionistas e defensores da legitimidade burguesa tanto estimam. Mas como o povo percebe tudo isto o PCP fica nas lonas.

Anónimo disse...

É a «A Chispa!» que escreve o comentário das 15:20.
Já não é a primeira vez que dá gralhas, como «conquiatar» em vez de «conquistar»

samuel disse...

No caso deste anónimo das 15:20... se é "chispa", escreveu numa hora em que estava apagada. Pela atabalhoada misturada que escreve, parece mais um débil mental. :-)

O Puma disse...

O lider é aceite

o chefe é imposto

Anónimo disse...

Um débil mental isolado não é um elemento perturbador da sociedade, somente apenas alguém que está doente e precisa de ser tratado. Mas quando um colectivo tem como líder uma pessoa ao nível do J. de Sousa o caso é muito mais grave, porque não se trata apenas de uma pessoa enquanto tal, mas do próprio colectivo que está, obviamente, ao mesmo nível.

Zé Canhão disse...

Há anónimos que marram sempre no vermelho por mais pares de bandarilhas que lhes cravem.

Anónimo disse...

Resta dizer que o anónimo das 07:56 continua a ser «A Chispa!», o mesmo do comentário das 15:20.

Chalana disse...

o elogio do colectivo é das coisas mais bonitas do Partido!

maria povo disse...

Nós, Comunistas, enquanto seres humanos, somos iguais aos outros seres humanos em tudo! enquanto Colectivo somos melhores que os outros!!! - Álvaro Cunhal

nem mais!!!!