Milhões de trabalhadores comemoraram o 1º de Maio em todo o mundo.
Nalguns casos, em gigantescas manifestações, noutros em acções de menor dimensão, mas sempre tendo como objectivo principal a defesa dos direitos e interesses de quem trabalha e vive o seu trabalho.
Vale a pena registar as diferentes posturas dos governos de cada país em relação às comemorações do Dia do Trabalhador.
Nas democracias burguesas - a que podemos, talvez com mais rigor, chamar ditaduras do grande capital - o que fazem os governantes em relação às comemorações do 1º de Maio?
ou assobiam para o lado, desvalorizando e menorizando as manifestações e colocando-se longe, muito longe delas (o que não surpreende: alguém imagina, por exemplo, José Sócrates, ou Cavaco Silva, ou Sarkozy, ou Obama, ou qualquer outro democrata desta família a desfilar ao lado dos trabalhadores num 1º de Maio?...),
ou reprimem-nas, como aconteceu nesse modelo ímpar de democracia que é a Colômbia, onde, por efeito da democrática acção policial, trinta trabalhadores ficaram feridos e setenta foram presos.
Tudo é diferente, no entanto, nos países onde os governos têm como referências primordiais da sua política a salvaguarda dos interesses e direitos dos trabalhadores.
Dois exemplos:
na Venezuela e na Bolívia, os presidentes Hugo Chávez e Evo Morales desfilaram com os trabalhadores e o povo nas manifestações do 1º de Maio.
E fizeram mais: no decorrer das manifestações em Caracas, Chávez anunciou o aumento em 26, 5% do salário mínimo, 15% já este mês e o restante em Setembro; e na manifestação de La Paz, Morales comprometeu-se a implementar a nova lei de trabalho proposta pela central sindical boliviana e anunciou a anulação de um decreto de 1985 que estabelecia o modelo económico da Bolívia como de mercado.
A isto, os comentadores, analistas & etc. dos média dominantes chamam «demagogia», «populismo» & etc.
E com isso, outra coisa não pretendem do que louvar e eternizar a exploração e a opressão.
Com a consciência de que não vos vim dizer nada de novo, fica apenas o registo - mais um - da diferença existente entre, por um lado, regimes virados para o PASSADO e, por outro lado, regimes onde o FUTURO é quem mais ordena.
11 comentários:
Os "novos jornalistas, comentadores e analistas" são pagos para isso... logo, estão a fazer o seu trabalho. Mas esse "trabalho", não me peçam para respeitar...
Abraço.
«O registo» que é sempre bom ter presente!..
Um abraço.
Regimes que se dizem socialistas e constroiem o socialismo, a sério.
Não são de certeza como estes que se auto-proclamam de "socialistas" e que nos vigarizam com uma política de direita e de miséria.
(Jorge)
As diferenças são incomensuráveis.
Um beijo.
Bem, digamos que um 1º de Maio com o Sócrates ou com o Cavaco a desfilar na mesma avenida que eu, também não seria muito do meu agrado! Valemos mais nós se não estivermos mal acompanhados!
Uma abraço da Ave Nida em nidificação
Em 5 de Maio de 1981 morreu Boby Sands na prisão às ordens da "senhora" Tatcher.
Khe Sanh
Se o Sócrates desfilasse a meu lado algo estaria errado.
E deixem-me alertar-vos para algo que me deixou preplexo que foi, no dia 1 de Maio, ver na Sic Notícas passar em rodapé uma notícia que dava conhecimento que Chavéz tinha proibido manifestações da central Sindical.
Fiquei aparvalhado e desatei a vasculhar a Net para ver se sabia o que se passava e ... nada !!!
Será caso que se deram ao luxo de passar uma mentira assim tão descarada ???
Tão claro, tão simples, F.S.! Como é possível haver ainda tanta gente que não vê as diferenças???
Fernando Samuel
Pelo que tenho lido por causa de uma entrega de um homem ao regime colombiano parece-me que é de ter em conta e ter muita atenção a ver como o Chavez se comporta. E olha que eu era seu adepto incondicional mas agora.... não será cenouras para enganar burros?
E a sua grande amizade com o socras?.
Vitor sarilhos
samuel: nem a mim...
Um abraço.
joão l.henrique; para que a memória não esqueça.
Um abraço.
Jorge: é essa a diferença.
Um abraço.
Graciete Rietsch: o dia e a noite...
Um beijo.
Pata Negra: por isso eles não desfilam...
Um abraço.
Khe Sanh: e é importante que o crime não seja esquecido.
Antuã: erradíssimo...
Um abraço.
Eduardo Miguel Pereira: essa eu não sabia, mas está dentro dos «critérios informativos» dominantes...
Um abraço.
Justine: as mentiras todos os dias repetidas fazem estragos...
Um beijo.
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