Há uma semana, na sua «mensagem de Natal», Sócrates anunciou, triunfante:
«Nos últimos dias, negociámos com os parceiros sociais os termos do aumento do salário mínimo nacional para os 500 euros no próximo ano».
Quem não soubesse que «negociação» foi essa e que «parceiros sociais» foram esses, ficaria pensar que hoje, dia 1 de Janeiro de 2011, o salário mínimo nacional passaria de 475 para 500 euros - como, aliás, fora previamente acordado.
Mentira: Sócrates e os seus «parceiros sociais» - para o caso, os patrões e a UGT - acharam que um aumento de 25 euros/mês, 80 cêntimos/dia, era demais...
E decidiram que, para já, o «aumento» seria de 10 euros/mês... 33 cêntimos/dia.
Assim, os cerca de 600 mil trabalhadores abrangidos pelo salário mínimo nacional, passarão a receber ao fim do mês, feitos os descontos, cerca de 404 euros: um rendimento que os coloca abaixo do limiar da pobreza - sendo que os aumentos dos bens essenciais, todos muito acima do aumento do salário e todos em vigor desde hoje, os vão enterrar bem para lá do limiar do pobreza: na miséria e na fome.
Ora, de um país onde o salário mínimo nacional é inferior ao limiar da pobreza, há que dizer que é um país onde os governantes - que são os mesmos há 34 anos - vêem a miséria e a fome como «direitos humanos»... e onde, portanto, a democracia entrou em estado de acelerada putrefacção.
E dar a volta a isto é a grande tarefa que se coloca aos trabalhadores e ao povo português no ano hoje iniciado - para que ele seja, de facto, um ano novo.
«Nos últimos dias, negociámos com os parceiros sociais os termos do aumento do salário mínimo nacional para os 500 euros no próximo ano».
Quem não soubesse que «negociação» foi essa e que «parceiros sociais» foram esses, ficaria pensar que hoje, dia 1 de Janeiro de 2011, o salário mínimo nacional passaria de 475 para 500 euros - como, aliás, fora previamente acordado.
Mentira: Sócrates e os seus «parceiros sociais» - para o caso, os patrões e a UGT - acharam que um aumento de 25 euros/mês, 80 cêntimos/dia, era demais...
E decidiram que, para já, o «aumento» seria de 10 euros/mês... 33 cêntimos/dia.
Assim, os cerca de 600 mil trabalhadores abrangidos pelo salário mínimo nacional, passarão a receber ao fim do mês, feitos os descontos, cerca de 404 euros: um rendimento que os coloca abaixo do limiar da pobreza - sendo que os aumentos dos bens essenciais, todos muito acima do aumento do salário e todos em vigor desde hoje, os vão enterrar bem para lá do limiar do pobreza: na miséria e na fome.
Ora, de um país onde o salário mínimo nacional é inferior ao limiar da pobreza, há que dizer que é um país onde os governantes - que são os mesmos há 34 anos - vêem a miséria e a fome como «direitos humanos»... e onde, portanto, a democracia entrou em estado de acelerada putrefacção.
E dar a volta a isto é a grande tarefa que se coloca aos trabalhadores e ao povo português no ano hoje iniciado - para que ele seja, de facto, um ano novo.
9 comentários:
E também seria de lembrar, relembrar, re-relembrar que essa negociação já estava feita há muitas e muitas semanas, e que todas as partes que a acordaram se esqueceram do acordado (adormeceram...), menos uma, a CGTP. E que a "solução" do conta-gotas foi uma habilidade manhosa, isto é, própria de manhosos.
Bom Ano. De luta!
Abraço amigo
Sendo o governo Sócrates um gabinete para tratar dos interesses da classe capitalista é natural que assim proceda,"natural" já não é, que tratando-se de uma matéria já acordada há quatro anos que a CGTP se fosse sentar de novo com eles.
Se foi para poder alegar que não concordava com a TRAMANHA e daí lavar as mãos não é suficiente, era necessário que se convoca-se formas de luta imediata para contestar o retrocesso do Governo/patrões e UGT e isso a CGTP não o fêz, mostrando mais uma vez covardia em enfrentar a politica do Governo.
O mesmo está a acontecer em relação à luta iniciada contra as medidas de austeridade e contra o corte dos salários dos trabalhadores que agora REMETEM para os tribunais com o intuito claro de as deixar passar.
A Chispa!
Infâmias sobre infâmias que este Governo e Parceiros cometem. Mas a nossa luta não para. Nunca pactuaremos com as injustiças nem entraremos em desânimos.
A luta continua, cada vez mais forte.
Um beijo.
Ano duro! Que o seja também a determinação!
Abraço.
As notícias são tão enganadoras e propositadamente falaciosas... as políticas que as fabricam são - dizias muito bem - geradoras de uma democracia em " putrefacção acelerada". Não auguro nada de bom para este ano para os portugueses, e nem é por pessimismo... se ao menos o direito de voto que (ainda) usufruímos, fosse a expressão do descontentamento generalizado!...
Sim, força, determinação e coragem é o que todos precisamos para este ano, para atenuar e debilitar estas políticas fascistas e anti-sociais.
Um beijo grande para ti!:)
Contimuaremos a luta neste ano novo da nossa esperança.
Continuaremos a Luta! Este ano tem de ser um ano com Futuro!
O meu maior sonho seria obrigar todos os governantes a viverem 6 meses com o ordenado mínimo. Sem acesso às contas bancárias. Veriam logo como era 'doce'...
Um beijo grande.
Mesmo sendo um novo ano
que seja de combate
e determinação
Abraço
do Zambujal: o acordo já estava feito desde 2006... para não ser cumprido...
Abraço e luta.
Graciete Rietsch: é esse o caminho.
Um beijo.
samuel: e vai ser - duro e de determinação...
Um abraço.
svasconcelos: o voto está cirurgicamente orientado... - só com a luta lá chegaremos.
Um beijo amigo.
Antuã: ano de luta é ano de esperança.
Um abraço.
Maria: lutaremos até à vitória final.
Um beijo grande.
O Puma: muito combate e muita determinação.
Abraço.
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