POEMA

NEGÓCIO


Quanto de mim é ouro, não se vende.
O resto desprezado, com o ouro,
eu o darei a quem o ouro entende.


José Saramago

6 comentários:

Graciete Rietsch disse...

Extraordinário pequeno, grande poema.

Um beijo.

samuel disse...

Cá vamos fazendo por entender...

Abraço.

Bolota disse...

Sem ser Saramago nem coisa que o falha...nem pretenções.

25 Abril 25 anos

Fiz da Chaimite, um arado
E da granada um pião.
Da G 3, fiz um cajado.
E do cravo uma nação.

Da mochila, fiz sacolas
Do inimigo um irmão,
Dos quartéis eu fiz escolas,
Do desperdício fiz pão.

Fiz do Racal a guitarra,
Do gemido uma canção.
Do abutre uma cigarra
E da caserna, um salão.

Dos hélios fiz ambulâncias,
Das bases fiz hospitais.
Da guerra fiz tolerância
Dos namorados casais

Dos soldados fiz poetas.
Deputados, vendedores,
Serralheiros, escriturários,
Bancários e professores

Abril/2000
leandro

Justine disse...

Grande negócio:))))

Fernando Samuel disse...

Graciete Rietsh: poema da verticalidade...
Um beijo.

samuel: e mais não nos deve ser pedido...
Um abraço.

Bolota: não é preciso ser Saramago para fazer poemas bonitos como este.
Um abraço.

Justine: é um negócio digno!...
Um beijo.

Maria disse...

Que poema bonito! É isto, mesmo!

Um beijo grande.