POEMA

AO INFERNO, SENHORES...


Ao inferno, senhores, ao inferno do homem,
lá onde não fogueiras, mas desertos.
Vinde todos comigo, irmãos ou inimigos,
a ver se povoamos esta ausência
chamada solidão.
E tu, meu claro amor, nova palavra,
que a tua mão não deixe a minha mão.


José Saramago

4 comentários:

Maria disse...

Mão na mão e nunca haverá solidão!

Um beijo grande.

Graciete Rietsch disse...

Saramago esccrevia lindos poemas de amor. Mesmo no meio do maior dos infernos uma mão amiga, amante, é um alento e um estímulo.

Um beijo.

samuel disse...

Não há muito mais maneiras de atravessar o deserto... e sobreviver.

Abraço.

Fernando Samuel disse...

Maria: é de mãos dadas que se conquista o futuro...
Um beijo grande.

Graciete Rietsch: um alento capaz de... mover montanhas...
Um beijo.

samuel: sabemo-lo há tanto, tanto tempo...
Um abraço.