A partir de hoje partilharei fotografias com maior regularidade. Urge-me denunciar a pobreza e a miséria, a fome e a exploração. Mas também, e não menos importante, os instantes vertiginosos de alegria e comoção transcendente, a paixão - como a foto abaixo -, os desencontros, a solidão, também o amor e o ódio, a raiva e a luta, a esperança, a condição humana. Digo: todos aqueles instantes que fazem os nossos quotidianos. E assim dou nome ao álbum: (caminhos) quotidianos da nossa esperança.
É apenas o começo. Só depois dói,
e se lhe dá nome.
Às vezes chamam-lhe paixão. Que pode
acontecer da maneira mais simples:
umas gotas de chuva no cabelo.
Aproximas a mão, os dedos
desatam a arder inesperadamente,
recuas de medo. Aqueles cabelos,
as suas gotas de água são o começo,
apenas o começo. Antes do fim terás de pegar no fogo
e fazeres do inverno
a mais ardente das estações.
Eugénio de Andrade - Apenas o começo
7 comentários:
Bom começo!
Venham mais...
Abraço.
Bonita, a foto, e muito bem acompanhada pelo Eugénio..:)
beijo,
Grande João,
Excelente (re)começo. Aqui.
Tive muita pena não te encontrar na Festa. Mas não se pode ter tudo...
Grande abraço
Caro João:
Fico contente pelo teu regresso à fotografia e, sobretudo, à divulgação da mesma. Mostrando, com particular relevo, os rostos, as expressões, as angústias, as alegrias e maleficências do ser humano.
Um grande abraço,
Afonso Leitão
Tudo bonito: a foto e o poema.
Um abraço.
Óptima foto, belo poema.
Um beijo.
Samuel: virão com certeza, tantas quantas o obturador me permitir!
Sílvia: Tudo é bem acompanhado pelo Eugénio ;)
do Zambujal: no Zambujal, digo: em Ourém, lá nos encontraremos!
Afonso: um dia a gente altera essas maleficências.
Fernando Samuel: muito obrigado, meu amigo!
Graciete: obrigado pela foto, os poemas já se sabe!
Abraços,
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