COMBOIO
XI
(Rápido para o Porto.)
Comboio.
E ninguém repara
que não trago os olhos de ontem.
Mas armas de febre,
ocultação de motim
e esta Caveira
que um Desconhecido
me escondeu na cara
com mãos de treva
- e de súbito desatou a chorar por mim
num riso de lágrimas de pedra.
José Gomes Ferreira
3 comentários:
"Armas de febre
ocultação de motim"
Estas são as lágrimas que nos queimavam os dias... mas que foram combustível para os passos, os versos e o canto necessários.
Abraço.
Tão belo e tão dorido.
Um beijo grande.
samuel e maria: são as lágrimas de «o teu filho está preso»...
Abraço e beijo.
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