Os patrões da União Europeia deram ordens para que, a partir do próximo ano, os Orçamentos dos Estados-membros sejam aprovados previamente em Bruxelas.
Os governantes reagiram como se esperava: sim, senhor, o patrão é que manda...
Como dizia um célebre governante antepassado dos actuais: «Manda quem pode, obedece quem deve».
No que diz respeito a Portugal, trata-se de mais uma brutal machadada desferida sobre a independência do País - mais uma a juntar a tantas outras desferidas nos últimos 34 anos pelos sucessivos governos dos partidos da política de direita - em ostensiva violação e flagrante desprezo pela Constituição da República Portuguesa.
Sobre a constitucionalidade do cumprimento desta ordem dos patrões da UE, o Público foi ouvir a opinião de vários «constitucionalistas».
Destes, apenas um considera a medida inconstitucional, sublinhando, a propósito, que desde que Portugal entrou para a Comunidade Europeia, tem-se assistido a uma «progressiva e deslizante perda de soberania a favor da UE».
Quanto aos restantes «constitucionalistas»... acham bem, acham que sim, senhor, acham que não há qualquer inconstitucionalidade, acham que assim é que é, acham que ainda é pouco...
Um deles diz mesmo que se trata, apenas, de «um pequeno passo no processo de integração europeia»...
Manda quem pode... obedece quem é invertebrado.
Por isso, os ex, actuais e futuros governantes dos partidos da política de direita esfregam as mãos de satisfação com a medida - com isso confirmando, todos, a sua condição de governantes fora da Lei Fundamental do País.
Satisfeito, está também o Presidente da República - certamente esquecido de que, quando tomou posse, jurou pela sua honra «defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa».
Satisfeitos estão ainda, por dever de profissão, os habituais - e bem remunerados - comentadores e analistas de serviço à propaganda da política de direita.
Há dias, em comentário num blogue, escrevi que, por muito menos do que estes indivíduos estão a fazer, foi Miguel de Vasconcelos atirado pela janela em 1640.
Hoje, num outro blogue, escrevi que, comparado com esta cambada, Miguel de Vasconcelos era um grande patriota.
E está tudo dito.
Para já.
Os governantes reagiram como se esperava: sim, senhor, o patrão é que manda...
Como dizia um célebre governante antepassado dos actuais: «Manda quem pode, obedece quem deve».
No que diz respeito a Portugal, trata-se de mais uma brutal machadada desferida sobre a independência do País - mais uma a juntar a tantas outras desferidas nos últimos 34 anos pelos sucessivos governos dos partidos da política de direita - em ostensiva violação e flagrante desprezo pela Constituição da República Portuguesa.
Sobre a constitucionalidade do cumprimento desta ordem dos patrões da UE, o Público foi ouvir a opinião de vários «constitucionalistas».
Destes, apenas um considera a medida inconstitucional, sublinhando, a propósito, que desde que Portugal entrou para a Comunidade Europeia, tem-se assistido a uma «progressiva e deslizante perda de soberania a favor da UE».
Quanto aos restantes «constitucionalistas»... acham bem, acham que sim, senhor, acham que não há qualquer inconstitucionalidade, acham que assim é que é, acham que ainda é pouco...
Um deles diz mesmo que se trata, apenas, de «um pequeno passo no processo de integração europeia»...
Manda quem pode... obedece quem é invertebrado.
Por isso, os ex, actuais e futuros governantes dos partidos da política de direita esfregam as mãos de satisfação com a medida - com isso confirmando, todos, a sua condição de governantes fora da Lei Fundamental do País.
Satisfeito, está também o Presidente da República - certamente esquecido de que, quando tomou posse, jurou pela sua honra «defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa».
Satisfeitos estão ainda, por dever de profissão, os habituais - e bem remunerados - comentadores e analistas de serviço à propaganda da política de direita.
Há dias, em comentário num blogue, escrevi que, por muito menos do que estes indivíduos estão a fazer, foi Miguel de Vasconcelos atirado pela janela em 1640.
Hoje, num outro blogue, escrevi que, comparado com esta cambada, Miguel de Vasconcelos era um grande patriota.
E está tudo dito.
Para já.
9 comentários:
«Está tudo dito» e muito bem dito, digo eu.
Um abraço.
E um dia a cambada há-de pagar pela traição. Independência e Democracia, só de nome mesmo.
Um Abraço.
Como é possível esses nossos constitucionalistas aceitarem esta ingerência tremenda na nossa soberania?
E o Povo aceitará? Como é informado? Só se lhe dá futebol?
É muito triste.
Beijos.
Para utilizar um termo muito querido à nova casta liberal, essa, seria uma excelente "janela de oportunidade"... :-)
Abraço.
Como correremos com esta gente execrável?
Não sei se vistes o «Expresso da meia-noite» da semana passada na SIC Notícias.
Uma avantesma qualquer (não consegui ver o nome) defendia com toda a naturalidade o visto prévio. Com ar calmo e seráfico dizia não ver onde estava o problema! Devia era ter sido mais cedo, defendia...
joão l.henrique: um abraço.
Nelson Ricardo: a «independência» e a «democracia» do grande capital.
Um abraço.
Graciete Rietsch: eles existem para aceitar estas coisas...
Um beijo.
samuel: e se fosse num 20º andar, então seria a oportunidade merecida...
Um abraço.
Antuã - lutando, lutando muito...
Um abraço.
o castendo: claro que não há problema nenhum: o patrão manda e os servos obedecem...
Um abraço.
Pátria ou morte! Fidel Castro.
Membro do Povo: Pátria ou morte!
Um abraço.
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