HONDURAS - SOLIDARIEDADE

Num quadro em que a repressão dos golpistas e a mentira dos que os sustentam se intensificam, a resistência do povo das Honduras continua - todos os dias e por todo o país, na capital e no interior.
Grandes manifestações em Tegucigalpa, em San Pedro Sula e em várias outras cidades marcaram o dia de sexta-feira. Na cidade de Choloma, a 250 quilómetros da capital, as forças repressivas carregaram sobre os manifestantes e fizeram muitos feridos.

Entretanto, os média locais, em estreita ligação com os seus gémeos da América Latina e dos EUA, prosseguem a campanha de silenciamento sobre a situação real vivida nas Honduras e, simultanemente, de deturpação, manipulação e mentira sobre o que ali, e em toda a América Latina, se passa - uma campanha fielmente seguida pelos média dominantes no resto do mundo, aí incluídos os média portugueses propriedade do grande capital.

Trata-se de uma operação mediática típica dos «cães de guarda» do imperialismo norte-americano e que, ao seu serviço, tem como objectivo, no que respeita às Honduras, «legalizar» e perpetuar o golpe fascista e, em relação à região, dar novos passos em frente na ofensiva do governo de Obama contra os países e povos que têm vindo a libertar-se do domínio dos EUA.
É nesse sentido que se desenvolve a campanha de mentiras sobre a Venezuela, com a proliferação de notícias que apresentam o Presidente Hugo Chávez como um «ditador» que «encerra rádios, jornais e televisões», que é «apoiante das FARC» - e que, por isso, e em nome da democracia, tem que ser definitivamente varrido... - ao mesmo tempo que sobre os presidentes Daniel Ortega, Evo Morales e Rafael Correia são inventadas iguais patranhas.
Nos últimos dias, a Venezuela tem tido presença constante nos média dominantes no mundo, todos dizendo o mesmo, todos procurando fabricar verdades através da repetição exaustiva da mentira - método que utilizam igualmente para a glorificação do governo do narco-fascista Uribe como modelo de governo democrático...
Tudo bem ao estilo do vale-tudo que sempre caracterizou a acção criminosa dos EUA na região, ao longo dos tempos.

A cada dia que passa, parece ser mais evidente que o golpe militar das Honduras, juntamente com a instalação das novas bases dos EUA na Colômbia, constituem peças fundamentais da ofensiva com a qual a administração Obama pretende liquidar os processos de mudança, libertadores e emancipadores, em curso em diversos países da América Latina.

Daí a importância acrescida da solidariedade com o povo das Honduras na sua luta corajosa contra os golpistas e pela reposição da legalidade democrática.

5 comentários:

samuel disse...

Solidariedade que passa por esta denúncia necessária.

Abraço.

Graciete Rietsch disse...

Estou totalmente ao lado do Povo Hondurenho e do seu legítimo Presidente na corajosa luta pela reposição da legalidade e repudio veementemente os governos fantoche que contribuiram para o golpe a mando dos poderosos que desejam o mundo só para si e que hipocritamente nos querem fazer crer na sua não interferência. Um abraço da camarada amiga e apreciadora.

Anónimo disse...

A hipocrisia sempre foi uma grande arma dos criminosos. Apoiemos as Honduras consoante as nossas possibilidades.

Fernando Samuel disse...

samuel: denúncia que importa prosseguir.
Um abraço.

Graciete Rietsch Monteiro Fernandes:
«é preciso avisar toda a gente» sobre a situação nas Honduras.
Um beijo amigo.

Anónimo: dar notícia do que lá se passa é uma forma de solidariedade.
Um abraço.

Anónimo disse...

As perguntas que ficam são:
- Como é que as FARC obtiveram armas suecas, que tinham sido vendidas à Venezuela? Sabendo-se que os suecos são extremamente rigorosos a vender armas...
- Que diriam se o Sócrates fizesse o mesmo em Portugal? Pois é....