REGISTO POSITIVO

De vez em quando - muito de vez em quando... - surge-nos, num qualquer representante dos média dominantes, uma notícia, uma informação, um texto de opinião, desenquadrados do critério de pensamento único em vigor.
Quando isso acontece... festeja-se o acontecimento, registando-o como positivo.

É o caso de um texto publicado na última edição do Expresso, intitulado «Tensão na América do Sul - Os Estados Unidos entram no coração da América do Sul gerando um clima de guerra fria», e assinado por «Márcio Resende, correspondente em Buenos Aires».

O texto em questão debruça-se sobre a situação decorrente dos acordos Obama/Uribe com vista à utilização de sete bases militares colombianas pelos EUA, e sobre as reacções de protesto contra esses acordos por parte dos líderes governamentais daquela região - reacções que os propagandistas do império identificam com «paranóia»...

Sobre o assunto, Márcio Resende foi ouvir a opinião de «Juan Gabriel Takatlian, Professor de Relações Internacionais da Universidade argentina Di Tela», que começou por dizer:

«Não há nem paranoia nem ignorância nos países da região. A preocupação é genuína. Tudo é possível, a componente militar não mudou na política dos Estados Unidos que voltam a estar presentes na região, desta vez no coração da América do Sul».

E sobre o texto do acordo, alertou:

«O governo colombiano promete que (a utilização das bases) será para a luta contra o narcotráfico e contra o terrorismo, mas o texto do documento refere-se a uso para operações contingentes, logísticas e de treinamento. Isso é muito mais do que a luta contra o narcotráfico».

E alertou:

«Estamos diante de um cenário opaco e confuso que leva a que tudo seja possível. Uma tensão na fronteira pode dar início a algum tipo de conflito que se sabe como começa, mas não como termina».


As declarações de Juan Gabriel Takatlian confirmam a intensificação e o agravamento da ofensiva do imperialismo norte-americano na Améria Latina, tendo como alvos os países que nos últimos anos se têm libertado do domínio dos EUA.
Acrescente-se que é neste quadro que deve ser visto o golpe militar das Honduras - que contou com a inequívoca intervenção do Governo de Obama, tanto na sua preparação como em todo o processo em curso visando a manutenção no poder dos golpistas.

6 comentários:

Anónimo disse...

Ai, Obama, Obama.
Bush negro!
Lobo com pele de cordeiro!
Os Pêesses de prôa sabem bem porque te apoiam...(belénsroseiras, bochechas, ingenhêros, alegretes, malhadores, etc., etc., etc.)

Rui Silva

alex campos disse...

As palavras do comandante Che continuam, infelismente, actuais e muito inquietantes:
"A nossa acção é um grito de guerra contra o inimigo nº 1 da Humanidade, os Estados Umidos da América".

Um abraço

Antuã disse...

Tudo terá que ser feito para evitar a progressão dos criminosos norte-americanos.

Maria disse...

Tem razão o Márcio Resende. Mas palpita-me que, a continuar assim, não será correspondente do Expresso muito mais tempo...

Por onde andam agora os que disseram que Obama era 'o homem'?

Um beijo grande

samuel disse...

Os EUA e os seus passeio pela América Latina. Sempre de botas cardadas...

Abraço.

Fernando Samuel disse...

Rui Silva: «bush negro»: bem observado...
Um abraço.

Alex Campos: actualíssimas...
Um abraço.

Antuã: e fazer tudo é lutar.
Um abraço.

Maria: andam por aí, um pouco mais calados...
Um beijo grande.

samuel: botas cardadas são o seu traje de passeio...
Um abraço.