Leonardo Bernstein - que, além de um grande compositor, foi chefe da Orquestra Filarmónica de Nova Iorque - foi objecto de cerrada vigilância por parte do FBI durante vários anos, por supostas actividades comunistas.
O volumoso dossier (800 páginas) elaborado pela polícia dá nota de que as escutas e a vigilância a Bernstein começaram nos anos 40 (era de Truman) e prologaram-se pelo menos até à presidência de Nixon - tendo atingido maior intensidade no tempo da demencial «caça aos comunistas» dirigida pelo sinistro McCarthy.
Em 1953, o departamento de Estado recusou renovar o passaporte de Bernstein, apesar de este ter assinado uma declaração em que negava pertencer, ou ter pertencido, ao Partido Comunista dos EUA.
Mas tal declaração não convenceu os seus vigilantes: o então director do FBI - o famosíssimo (por múltiplas razões...) J. Edgar Hoover, «sabia» que Bernstein estava «ligado, filiado ou de alguma maneira associado a várias associações comunistas» - a besta não fazia a coisa por menos...
Esse «saber» de Hoover advinha-lhe, certamente, das informações que lhe chegavam através da vasta rede de bufos ao seu serviço - bufos que, por vezes, baseavam as suas informações em «factos» como este: «Sei que Bernstein é membro do PC. Não tenho provas, mas sei pela maneira como ele fala» - e quem podia duvidar de um «saber» assim adquirido?
Assim funcionavam as coisas, no tempo da guerra-fria, no «país da liberdade, da democracia e dos direitos humanos» - a fazer-nos lembrar o que por cá se passava na mesma altura.
E hoje, como funcionam as coisas lá e cá?...
Seja como for, amigos visitantes do Cravo de Abril, aconselho-vos a terem muito cuidado com a maneira como falam...
O volumoso dossier (800 páginas) elaborado pela polícia dá nota de que as escutas e a vigilância a Bernstein começaram nos anos 40 (era de Truman) e prologaram-se pelo menos até à presidência de Nixon - tendo atingido maior intensidade no tempo da demencial «caça aos comunistas» dirigida pelo sinistro McCarthy.
Em 1953, o departamento de Estado recusou renovar o passaporte de Bernstein, apesar de este ter assinado uma declaração em que negava pertencer, ou ter pertencido, ao Partido Comunista dos EUA.
Mas tal declaração não convenceu os seus vigilantes: o então director do FBI - o famosíssimo (por múltiplas razões...) J. Edgar Hoover, «sabia» que Bernstein estava «ligado, filiado ou de alguma maneira associado a várias associações comunistas» - a besta não fazia a coisa por menos...
Esse «saber» de Hoover advinha-lhe, certamente, das informações que lhe chegavam através da vasta rede de bufos ao seu serviço - bufos que, por vezes, baseavam as suas informações em «factos» como este: «Sei que Bernstein é membro do PC. Não tenho provas, mas sei pela maneira como ele fala» - e quem podia duvidar de um «saber» assim adquirido?
Assim funcionavam as coisas, no tempo da guerra-fria, no «país da liberdade, da democracia e dos direitos humanos» - a fazer-nos lembrar o que por cá se passava na mesma altura.
E hoje, como funcionam as coisas lá e cá?...
Seja como for, amigos visitantes do Cravo de Abril, aconselho-vos a terem muito cuidado com a maneira como falam...
5 comentários:
A maneira como falamos sempre foi decisiva para estabelecer aquilo que "eles sabem"... então e agora.
Abraço.
Pois...
Por acaso!
Mas esse senhor também "sabia" que Chaplin era comunista!
Eu também sei que ele adorava vestir lingerie feminina!
QUE SE LIXE A LEI DA ROLHA!
Nã sou de fitas, insultos, mas há coisas que me começam a chatear solenemente!
beijos
Porquê? Já voltamos ao fascismo.
25 de Abril sempre! sem «cuidado» nenhum. viva Abril!
abraço
samuel: trata-se, então, de «um certa maneira de falar»...
Um abraço.
Ana Camarra: e tens muitas razões para isso...
Um beijo.
Irlando: não, não voltámos - mas anda por aí uma legião de bufos...
Um abraço.
Antonio Lains Galamba: VIVA ABRIL!, pois claro...
Um abraço.
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