GABRIEL PÉRI
Nasceu em 1902, em Toulon.
Foi um dos fundadores do Partido Comunista Francês - e em 1922 é Secretário da Juventude Comunista e responsável pelo jornal «Avant-Garde» e membro do Comité Central do PCF.
É editor de política internacional no «L'Humanité» até 1939, altura em que é emitido contra ele um mandato de prisão. «Mergulha» na clandestinidade.
Foi preso no dia 18 de Maio de 1941.
Interrogado pela polícia francesa e, depois, pela Gestapo, não diz uma palavra.
Foi fuzilado no dia 15 de Dezembro de 1941.
«14 de Dezembro de 1941
Domingo, 20 horas
O capelão de Cherche-Midi acaba de me comunicar que serei daqui a pouco fuzilado como refém.
Peço-vos que reclamem no Cherche_Midi os objectos que deixei. Talvez alguns papéis sirvam para me recordar.
Que os meus amigos saibam que eu permaneci fiel ao ideal de toda a minha vida; que os meus compatriotas saibam que eu vou morrer para que a França viva.
Fiz pela última vez o meu exame de consciência: é muito positivo. É isso que eu gostaria que repetissem à vossa volta. Seguiria o mesmo caminho se tivesse de recomeçar a minha vida.
Esta noite pensei muitas vezes no que dizia o meu caro Paul Vaillant-Couturier, que o comunismo era a juventude do mundo e que preparava os amanhãs que cantam.
Vou preparar, daqui a pouco, os amanhãs que cantam.
É sem dúvida porque Marcel Cachin foi o meu bom mestre que eu me sinto forte para enfrentar a morte.
Adeus e que viva a França!
Gabriel»
GABRIEL PÉRI
6 comentários:
Grande trabalho é preparar esses amanhãs... quando a plateia tem misturados tantos milhares de "surdos".
Abraço.
Pronto! Mais um texto acerca de uma carta de um "herói” comunista e lá vamos assistir a mais uma masturbação colectiva dos camaradas até ao extasie. São todos loucos. Falam dos seus “heróis” mas omitem os horrores e as mortes que “os amanhãs que cantam” trouxeram a TODAS as nações onde o comunismo foi IMPOSTO. São loucos. Acreditar que o comunismo trará a felicidade aos povos do Mundo, apesar das evidências do passado (e das das duas ou três que, DEMOCRATICAMENTE, ainda persistem) é de loucos. De pessoas clinicamente dementes. Qual é louco que admite estar louco?
Zé Manel ou anónimo das 02:50 (já eram horas de dormir, não?)
Não seja calino!
«Extasie»?
Será que queria escrever «êxtase»?
Ou será que queria escrever o seguinte: «...até à exaustão.»?
Depois, «pessoas clinicamente dementes»?
Ou será antes «pessoas clinicamente doentes»?
Os amigos que o leram devem ter rido às gargalhadas, com o seu discurso (e escrito às 3 da manhã).
Já agora, porque não escreve de manhã? Tem medo da luz?
Ou será como os morcegos (ou talvez vampiros) que só vivem durante a noite?
P.S. Talvez não seja má ideia trocar o nome de Zé Manel Oh Parvalhão, para «Zé Morcego» ou «Zé dos Morcegos». Os camaradas depois avaliam e discutem.
samuel: «amanhãs» que, apesar de tudo, vão sendo conquistados dia a dia e que, em certos casos, são mesmo «amanhãs que já cá cantam»...
Um abraço.
Terríveis, estas cartas de comunistas assassinados.
E toca a afinar as gargantas para cantarmos os amanhãs já na sexta feira!
Um beijo grande.
Maria: sim, a Festa do Avante! é um amanhã que já cá canta...
Um beijo grande.
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