HIROSHIMA E NAGASÁQUI
Há 66 anos - nos dias 6 e 8 de Agosto de 1945 - os EUA lançaram duas bombas atómica sobre as cidades de Hiroshima e Nagasáqui.
Tratou-se do mais desumano, cruel e horroroso morticínio da História: mais de 200 mil pessoas tiveram morte imediata e as consequências das duas explosões continuam ainda hoje a fazer-se sentir, matando.
Os criminosos «justificaram» a sua acção monstruosa com duas ordens de razões - «exigências militares» e «necessidade de salvar milhares de vidas humanas»- ambas falsas, como facilmente se depreende se tivermos em conta que, por um lado, a Alemanha nazi capitulara três meses antes e que, por outro lado, o imperador do Japão tinha decidido render-se dois meses antes e tinha encetado contactos com a URSS, pedindo a sua interferência no sentido de pôr termo à guerra.
Os EUA utilizaram, então, as mesmas «justificações» que hoje utilizam no Iraque, no Afeganistão, na Líbia...
Na verdade, «salvar vidas humanas» - «proteger civis»... - é sempre a preocupação primeira destes paladinos dos direitos humanos, da liberdade e da democracia...
Demonstração inequívoca dessa preocupação humanista é o objectivo expresso pelo general Curtis Le May, chefe da Força Aérea dos EUA de «fazer regressar o Japão à Idade da Pedra»...
Na verdade, para os EUA e para os seus lacaios europeus da altura (Churchil em primeiro lugar), a União Soviética - prestigiada pelos êxitos da sua revolução e pelo papel decisivo e determinante que desempenhara na derrota dos nazis - constituía o inimigo a abater.
E foi essa a razão fundamental que esteve na origem do lançamento das bombas atómicas sobre Hiroshima e Nagasáqui.
«A posse e o uso da bomba atómica tornará a Rússia mais controlável», dizia James Byrnes, então secretário de Estado dos EUA.
E Churchil não escondia o seu entusiasmo: «Nós temos agora nas mãos qualquer coisa que restabelecerá o equilíbrio com os russos».
Na verdade, o bombardeamento atómico de Hiroshima e Nagasáqui foi a primeira grande operação da guerra fria.
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15 comentários:
A conversa dos criminosos em massa é sempre a mesma.
Os americanos escondem sempre este crime, como outros, alguns até bem desconhecidos, como foi a sua ingerência contra os habitantes da RDA, a seguir à construção do muro de Berlim.
Está para chegar mais essa efeméride (13 de Agosto de 1961) que será aproveitada por muitos desses «pseudo analistas da caca» para debitar mais postas de pescada contra o comunismo.
Deixo aqui este documento escrito por William Blum: http://www.uruknet.info/?p=m80009&hd=&size=1&l=e
Ou se quiserem, vão a Google, ao texto "The Anti-Empire Report
Arguing Libya".
Um abraço aos camaradas desta página, por recordar a verdade e por fazerem pelo esclarecimento, contra a dúvida e a ignorância.
Quem julgará esses crimes, se foram cometidos por aqueles que hoje se autoproclamam(estará de acordo com o acordo?)defensores da Humanidade? Mas,na realidade, o que eles são é criminosos e hipócritas.
Um beijo.
A casta no poder continua a mesma.
Um abraço,
mário
A primeira e provavelmente a mais porca...
Abraço.
Há que lembrar,e este colectivo bem o faz.Mas todos os dias das formas mais manhosas as ingerências e guerras se vão fazendo pelo mundo inteiro,as quais vão contribuindo para a fome, morte e desgraças económicas dos povos, feita e revertendo em benefício dos mesmos de sempre.
Abraço
E dito assim... e revisto... e visto as notícias de hoje... dir-se-ia que venceram! Mas não poderão vencer, eles têm as armas, nós temos os números (alguém disse)! O seu, deles, entusiasmo irracional está a dar em desastre mas, por isso mesmo, também acabará em fracasso!
E um abraço...
Excelente post para reavivar memórias. Há gente que não sabe...
Um beijo grande.
Um horror, uma vergonha, um atentado à humanidade.:(((
beijo,
O lançamento da bomba em Nagasaqui foi dia 9 e não 8, como foi referenciado. Abraço camarada, hasta siempre Christus
A ingerência americana em Berlim leste deu-se imediatemente após a divisão da cidade em quatro zonas super-visionadas pelos aliados. Violando os acordos de Yalta, os EUA criaram o deutch mark e mais tarde fundaram a RFA. No entanto durante a vigência do regime sob a direcção de Stalin nunca a cidade e a população de Berlim foi dividida e segregada. A política revisionista de Krutchev é que fez essa brilhante "obra" (como faz actualmente Israel) contra a população berlinense.
O horror da destruição Humana. Mas muitos ainda querem mais e pior!
Excelente post.
Bjs,
GR
Seguindo o mesmo argumento que os Americanos têm seguido, e tendo em conta o número de civis mortos pelas tropas Americanas em tantos países por este mundo fora, então, é caso para começarmos a pensar que já vai sendo tempo de lançarem uma bomba sobre New York e outra sobre Los Angeles, por exemplo !
Eles não irião gostar, pois não ?
E eu também não, para ser franco !
Mas este tipo de raciocínio, em que se coloque em causa as nossas próprias acções sobre os outros, e pensar o que seria se os outros nos fizessem o mesmo, é algo que cabecinhas imperialistas como as dos Americanos são incapazes de fazer.
Mas deviam ... ah se deviam !
Todos n+os já nos apercebemos que a cabeça de E.M.P. é equivalente ao cértebro de um periquito. Ele coitado não tem culpa como também um periquito não tem culpa. Mas, como é um ser humano, de vez em quando torna-se um animal racional capaz de fazer algumas deduções e estabelecer relações racionais. mais ou menos aceitáveis.
Só é pena que não tivesse estudado um pouco mais o marxismo-leninismo...
O ataque pessoal e insultuoso contribui, e de que maneira, para o melhor esclarecimento das matérias em questão.
Ficámos todos, eu em particular, muito mais ilucidados sob a postura dos Americanos e dos seus actos terroristas como aqueles que serviram de mote ao post.
Apesar de, como aqui foi dito, as minhas limitações serem imensas, não quero deixar de partilhar convosco algumas das evoluções que tenho, com muito esforço, conseguido alcançar nos últimos tempos :
http://www.youtube.com/watch?v=pLt6VXkc6QI
Prometo, que assim que consiga aprender a ler, vou a correr comprar o "Manifesto", para ver se dessa forma consigo alcançar o patamar intelectual daqueles que agora me chamam a atenção para a minha condição de ave psittaciforme.
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