JOEIRA!
Até quando te calarás, povo?
Até quando te quedarás irresoluto?
Até quando te verei receoso?
Até quando serás ingénuo?
Até quando escutarás
os pregadores
que exploram
a tua inefável candura?
Mestres e guias infalíveis...?
Há-os de voz potente
e de botas ferradas;
há-os mais suaves,
até angélicos
e muito sábios...
Há os que usam, com palavras demasiado escolhidas,
a tua língua.
Joeira, povo,
com uma peneira finíssima
e esfrega a pele
nos cardos que te rodeiam
até que a dor se torne insuportável,
até sentires a dor soar
como um clarim de combate.
Félix Cucurull
7 comentários:
Muito bom.
(Jorge)
Alguns até são detentores de Nobel da paz...
Abraço.
Até quando Povo Português aguentarás a opressão?
Um beijo.
Até quando? (Mais um poeta que tu me estás a apresentar:)))) )
Este poema (e este poeta) é fantástico.
Já o conhecia daqui.
Um beijo grande.
Forte e instigador. Gostei do propósito do blog.
Tão actual e apropriado apelo, este poema. Um dia destes vou levá-lo para o meu cantinho.:)
Um beijo,
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