POLITOLOGIAS...

O Sapo quis saber se sim ou não o novo ano político vai ser de «estabilidade de governo», fez a pergunta aos politólogos do costume e estes responderam o costume...
Mas disseram mais: falaram daquilo a que chamam «oposição», coisa que, na politóloga opinião dos ditos é o PS (quando o PSD está no governo) e é o PSD (quando o PS está no governo).
Partindo desse princípio, dizem os politólogos que «ao longo destes anos tem havido mau governo porque não há oposição, nem boa nem má» - e deviam ter dito, mas não disseram, que PS e PSD defendem e aplicam a mesma política de direita, pelo que, no governo ou fora dele, nunca são oposição à política que cada um faz...

É claro que se os referidos politólogos quisessem falar de oposição a sério, teriam que falar da acção do PCP no combate à política de direita dos governos PS ou PSD (com ou sem CDS), e da luta dos trabalhadores contra essa mesma política.
Mas eles não estavam ali para isso: como bem se compreende, os comunistas e os trabalhadores não têm lugar na sua politóloga análise...

Também a Taxa Social Única (TSU) foi tema abordado: os politólogos mostraram-se compreensivos para a «prudência» do governo no que toca à formalização da decisão já tomada nessa matéria.
E a propósito, o Sapo fez questão de lembrar o que sobre o assunto disse há tempos o «economista Daniel Bessa», que foi o seguinte: «uma forma de evitar a diminuição da TSU e ainda assim estimular a competitividade, seria pedir a cada português que trabalhasse mais 4 horas por dia recebendo o mesmo».
Aí está uma grande ideia!
Que seria ainda maior se se pedisse a cada português que trabalhasse mais 8 horas por dia, não recebendo nada - mas tendo garantida pelo patrão uma sopinha e um bocadinho de pão... vá lá, três vezes ao dia...

Cá para mim, que não sou politólogo, este Bessa está no governo não tarda muito: quando o Passos tiver que correr com o Álvaro e com o Gaspar, é seguro e certo que o chama.
E o Bessa, com a sua rica experiência no governo Guterres, é homem para sobraçar as pastas da economia e das finanças - ou até mais, se necessário for, porque pastas é com ele...
e certamente estará absolutamente disponível para trabalhar «mais 4 horas por dia recebendo o mesmo»...

Se assim acontecer, é bom para todos - os politólogos incluídos...
Enfim, politologias.

10 comentários:

Maria disse...

Eu só queria que estes politólogos (e já agora o governo e amigos) recebessem o ordenado mínimo, sem mais mordomias, durante 6 meses. A ver se sobreviviam. Nem lhes dava mais 4 horas de trabalho por dia...
Ah, e sem acesso às contas bancárias, que devem estar bem recheadas...

Um beijo grande.

samuel disse...

O Bessa está num processo de "evolução" tremendo. Não tarda nada, anda para aí a clamar contra a imigração e a defender a "solução final"...

Abraço.

Sérgio Ribeiro disse...

... aliás, nem é original. Já o Soares dos Santos numa entrevista de há dias...

Abraço

josé Manangão disse...

Vamos esperar para ver se este DESgoverno aceita fazer lei dos conselhos destes iluminados politólogos que fazem parte de outra tróika com os do circuito alimentar e os banqueiros.
Abraço

trepadeira disse...

Está cá a parecer-me que esse bessa tem alguma letra trocada na designação que merece.

Um abraço,
mário

Justine disse...

A desumanização total. A falta de ética. E assim chegarão ao governo, pois claro!

Graciete Rietsch disse...

E como se adaptam às situações!!!!
É mesmo falta de carácter e verticalidade!!!!

Um beijo.

O Puma disse...

As troikas

estão organizadas

Anónimo disse...

As politologias batem sempre certo na internet, na televisão, na rádio e nos jornais. Porém, na rua será muito diferente.

Fernando Samuel disse...

Maria: já reparaste que nenhum «politólogo» se queixa do aumento dos preços?...
Um beijo grande.

samuel: admira-te!...
Um abraço.

Sérgio Ribeiro: no que eles dizem nada há de original: já tudo foi dito, antes - nalguns casos há mais de um século...
Um abraço.

José Manangão: há por aí trokas a dar com um pau...
Um abraço.

mário: uma simples letra basta...
Um abraço.

Justine: com currículos destes...
Um beijo.

Graciete Rietsch: são como os camaleões...
Um beijo.

O Puma: ó se estão!...
Um abraço.

Miguel Botelho: é essa a grande questão!
Um abraço.