A SOCIEDADE DE CONSUMO
A sociedade de consumo é um balcão.
Nela se vende o pão,
se vende o amor,
se vende o sonho, se vende a bondade,
se vende a justiça, se vende o favor,
se vende o acesso à informação,
se vende a modéstia, se vende a vaidade,
se vende a honra, se vende a fé,
se vende a vontade, que é uma ilusão,
se vende a morte, que não o é.
Armindo Rodrigues
5 comentários:
Nem tudo se vende (nem todos se vendem) a um qualquer balcão. Mas o poema é extraordinário. Grande Armindo!
Um beijo grande.
Deixo aqui o meu "bom dia" antes que apareça algum anónimo a escarrar neste espaço.
A sensibilidade do poeta a caracterizar este nosso tempo de negócio...
Até, e mais grave ainda, se vendem as personalidades.
Grande Armindo Rodrigues!!!!!
Um beijo.
Maria: mas naquele balcão há de tudo para quem não olhe a meios...
Um beijo grande.
cid simões: BOM DIA!
Um abraço.
Justine: e que bem caracterizado ele está!...
Um beijo.
Graciete Rietsch: o Armindo topava-os bem...
Um beijo.
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