UM SER ABJECTO

Há tempos, a propósito da relembrança de um daqueles múltiplos episódios soaristas que evidenciam a natureza, o carácter, o sentido da intervenção política de Mário Soares,
comprometi-me a ir recordando aqui alguns desses episódios - episódios que, como na altura sublinhei, não constituem qualquer novidade para os visitantes do Cravo de Abril, mas que, em meu entender, é bom ir recordando... para não os esquecermos...

Em 26 de Abril de 1997, um jornalista da TSF pergunta a Soares se «Álvaro Cunhal merece a Ordem da Liberdade».
Soares responde que «Não» - e explica porquê: «Porque os comunistas lutaram contra a ditadura, mas não pela liberdade».
E, prosseguindo na explicação: «Os comunistas lutaram pela liberdade deles. Eram liberticidas»...

Pergunta o jornalista: «E o seu amigo Frank Carlucci, que Ordem é que merece?»
Responde Soares: «Certamente merece uma Ordem. O Carlucci bateu-se pela liberdade, e os comunistas, que vivem em total liberdade, devem um pouco esse facto ao contributo que Carlucci deu para isso»...

Sobre o relacionamento entre os dois, diz Soares:
«Com a repetição dos encontros, tornámo-nos amigos»
E diz Carlucci: «Mário Soares telefonava-me praticamente todos os dias»
E diz Soares: «Carlucci convidava-me com alguma frequência para almoçar com ele no zimbório que existe no quinto andar da embaixada, onde ele estava seguro de não haver microfones e de poder falar à vontade»...

E foi certamente tendo em conta este relacionamento íntimo e estreito que Balsemão escolheu Carlucci para, em 1996, entregar a Soares o «Globo de Ouro», na categoria «Carreira», instituído pela SIC...

Enfim, é a desvergonha à solta - a confirmar o ser abjecto que é Mário Soares.

12 comentários:

samuel disse...

Abjecto... é de facto a melhor definição.

Abraço.

Manuel disse...

Tenho ideia que tentaram dar a Ordem da Liberdade a Alvaro CUnhal, e ele sempre a recusou, não queria ser misturado com algumas más companhias

Antuã disse...

Quando me falam do Soares fica um cheiro insuportável.

Graciete Rietsch disse...

É bom ir recordando o abjecto comportamento de Soares "O coveiro da democracia". As pessoas andam muito esquecidas.

Um beijo.

Anónimo disse...

E vocês também andam muito esquecidos, não se lembram da história - «eu comi um sapo muito engraçado».

Se tivessem vergonha não falavam do Soares como falam.

cid simoes disse...

Andei à procura da palavra que melhor definisse essa coisa mas não a encontrei.

Anónimo disse...

Fernando Samuel
Era para escrever que tem morrido tanta gente boa e a merd. ainda cá está mas já vi que o das 21:10 não se importa de o substituir. Ser burro é uma coisa agora burro e parvo é muito mais grave.
Vitor sarilhos

do Zambujal disse...

Bom lembrar! Obrigado.
E, talvez, arescentar à lembrança, que Carlucci veio para Poretugal como embaixador, em acumulação ou complemento da tarefa de agente qualificado da CIA, como é conhecido e comprovado.

Abraço

Anónimo disse...

Burro, parvo e troca-tintas é muito mais grave... é gravíssimo.

GR disse...

É quase inexplicável ser possível este traidor destruir Abril, convidar mercenários para aniquilar a Democracia, matar comunistas, vender o país ao estrangeiro, ter uma fortuna incalculável (!) e não ter vergonha de continuar a vociferar os maiores disparates. A prisão era pouco para este verme desqualificado.

Bjs,

GR

Anónimo disse...

É bom desvendar o passado deste chamado «herói da democracia portuguesa», para não esquecer aquilo que esta figura foi no passado, nomeadamente as suas relações com o «gang» metido na Casa Branca, entre 1974-75.

(Jorge)

Maria disse...

O homem mete nojo. É despudorado. É um vómito, putrefacto.

Um beijo grande para ti.