POEMA

O ENFORCADO


No gesto suspensivo de um sobreiro,
o enforcado.

Badalo que ninguém ouve,
espantalho que ninguém vê,
suas botas recusam o chão que o rejeitou.

Dele sobra o cajado.


Alexandre O'Neill

5 comentários:

Mário disse...

Assim continuando, não com vistas a uma ardida carpintaria mas a oliveiras com tapetes de azeitona, será o que se lamente.

Abraço

samuel disse...

Desgraçadamente... a cena persiste... repete-se.

Abraço.

Graciete Rietsch disse...

Enforcados somos todos nós com a política assassina do imperialismo.
E nem o cajado nos vai restar!!!!!
Que futuro tão triste preparam para a nossa juventude! Que vida terrível temos hoje, quase todos nós.
Não o podemos permitir.

Um beijo.

Fernando Samuel disse...

Mário: ?...
Um abraço.

samuel: o cenário é o mesmo...
Um abraço.

Graciete Rietsch: e, ao que parece, o pior ainda está para vir...
Um beijo.

Mário disse...

uma analogia daquilo a que ameaça a realidade e um livro do Soeiro.

Abraço!