À BOA MANEIRA PORTUGUESA

A notícia diz assim, em título: «Oli Rehn felicitou a aprovação do Orçamento português para 2011, que considera ser "apropriado"».

Lido o título, pergunto-me: quem será este Oli Rehn de quem eu nunca tinha ouvido falar e que, à semelhança de Sócrates, Coelho, Cavaco & Cia., considera «apropriado» um Orçamento de Estado devastador dos interesses do meu povo e do meu País?
O que é que este estrangeiro tem a ver com Portugal e o povo português? Para quê e para quem é este Orçamento «apropriado»?...

Lendo a notícia e fico a saber que o estrangeiro, para além de «felicitar o Orçamento português», afirma em tom imperativo que a «austeridade» nele contida «terá de continuar nos próximos anos» - tal como Cavaco, Coelho, Sócrates & Cia. já disseram...

Finalmente, a notícia diz-me que o estrangeiro que assim manda em Portugal é o «Comissário Europeu dos Assuntos Económicos», cargo que faz deste Oli Rehn um cidadão tão português como Sócrates, Coelho, Cavaco & Cia...- e que faz de Cavaco, Coelho, Sócrates & Cia. cidadãos tão estrangeiros como o estrangeiro Oli Rehn...


E fico a pensar que Portugal está nas mãos de estrangeiros: uns nascidos lá fora, outros nascidos cá dentro, mas todos nascidos para servir os interesses do grande capital - que não é estrangeiro em lado nenhum, porque não tem pátria...

E fico a pensar na necessidade imperiosa e urgente de Portugal e os portugueses recuperarem a sua independência,
correndo com os «comissários» estrangeiros;
mandando o grande capital para a pátria que o pariu;
e defenestrando, à boa maneira portuguesa, os Sócrates, Coelhos, Cavacos & Cia..

11 comentários:

svasconcelos disse...

Portugal perde a identididade a passos largos, e é como dizes, os estrangeiros (leia-se inimigos da cultura identitária de um povo e da sua soberania social, política, económica..)são quem comanda os destinos do planeta em nome da pior invenção humana: o capitalismo. O tal que sacrifica milhões, para resgatar a incúria da má gestão de uma minoria, que não sofre qualquer abalo com as "crises".

Hilário disse...

Que ricos pensamentos os teus.
BOA MALHA!
Um Abraço

Maria disse...

Mandar o capital para a pátria que o pariu é muito bom!!! E podem ir todos juntos...

Um beijo grande.

do Zambujal disse...

... está mesmo a faltar-nos a "dimensão" de "cidadãos europeus" ou de "otanistas".
Os teus comentários e reflexões são mesmo pertinentemente impertinentes!

Um abraço

samuel disse...

Brutal!, como dizem agora os cachopos...
Grande texto!!
E o "para a pátria que os pariu"... veio para ficar. :-)))

Abraço.

Zé Canhão disse...

Enganaste-te numa vogal da pata.

Antuã disse...

Estamos fartos deles. Que deesapareçam.

João Henrique disse...

É necessário correr com os «comissários» e todos os outros abutres que nos tentam sugar os parcos cêntimos que vão restando nas nossas carteiras ao fim de cada dia.

Um abraço.

hugo disse...

É isso mesmo... "todos para a pátria que os pariu!"
Muito bom! só falta mesmo (e já esteve mais longe) que essa corja vá "para a pátria que os pariu"

Graciete Rietsch disse...

Somos realmente comandados por estrangeiros e obedientemente lá vamos cumprindo as ordens!

Um beijo.

Fernando Samuel disse...

svasconcelos: o sinistro e implacável capitalismo.
Um beijo.

Hilário; um abraço.

Maria: e que não fique cá nenhum...
Um beijo grande.

do Zambujal: logo que essa «dimensão» chegue, estamos safos...
Um abraço.

samuel: um abraço.

Zé Canhão: essa é outra leitura...
Um abraço.

Antuã: quanto mais depressa melhor...
Um abraço.

joão l.henrique: urgentemente!...
Um abraço.

hugo: já esteve mais longe, de facto...
Um abraço.

Graciete Rietsch: até que um dia...
Um beijo.