As «negociações» entre o PS e o PSD em torno do OE têm sido, nos últimos dias, o prato forte da generalidade dos média dominantes.
Pelos relatos divulgados, o cidadão comum foi minuciosamente «informado» sobre o desenrolar do jogo... perdão, das «negociações».
Todavia, quando se esperava o apito final (com o previsto empate), eis que os dois contentores - perdão contendores - se desentendem, desatam a atirar um ao outro as mesmas acusações e abandonam o relvado.
E essa é, hoje, a grande notícia - devidamente acompanhada pela angustiante pergunta sobre se, sim ou não, o rompimento de ontem será superável.
O Público parece dar o «rompimento» como facto consumado:
«Governo e PSD romperam negociações» - sublinhando no entanto que na hora do «rompimento» os dois contentores - perdão, contendores - estavam «a 230 milhões de euros de um entendimento»...
Já o Diário de Notícias parece inclinar-se para um adiamento da solução:
«Adiado - Governo só volta a negociar se PSD fizer nova proposta».
Mais assertivo é o Jornal de Notícias que, certamente por dispor de informações de última hora, abre a porta à superação do «diferendo»:
»Governo e PSD abrem nova porta após ruptura».
No que me diz respeito, estou em crer que tudo se resolverá a bem...
Isto porque, como é sabido - ou antes: como sabem todos os que não têm como fonte de informação exclusiva os média dominantes - há uma total convergência entre os dois contentores - perdão, contendores - em todas as questões essenciais.
Questões essas que nem sequer têm estado em cima da mesa das «negociações».
Porque já estão negociadas, definitivamente negociadas, há muito, muito tempo: há, pelo menos, 34 anos.
Falo dos cortes nos salários, do congelamento das pensões e reformas, enfim, de tudo o que implica o agravamento das condições de trabalho e de vida dos trabalhadores e do povo - e, obviamente, de tudo o que implica o favorecimento dos interesses dos grandes grupos económicos e financeiros.
Assim sendo, o «entendimento» é fácil.
E fingir que não, simular «desentendimentos», representar «divergências profundas», constitui uma monumental farsa.
Que é isso a que temos vindo a assistir - e que, pelos vistos, está para durar.
Pelos relatos divulgados, o cidadão comum foi minuciosamente «informado» sobre o desenrolar do jogo... perdão, das «negociações».
Todavia, quando se esperava o apito final (com o previsto empate), eis que os dois contentores - perdão contendores - se desentendem, desatam a atirar um ao outro as mesmas acusações e abandonam o relvado.
E essa é, hoje, a grande notícia - devidamente acompanhada pela angustiante pergunta sobre se, sim ou não, o rompimento de ontem será superável.
O Público parece dar o «rompimento» como facto consumado:
«Governo e PSD romperam negociações» - sublinhando no entanto que na hora do «rompimento» os dois contentores - perdão, contendores - estavam «a 230 milhões de euros de um entendimento»...
Já o Diário de Notícias parece inclinar-se para um adiamento da solução:
«Adiado - Governo só volta a negociar se PSD fizer nova proposta».
Mais assertivo é o Jornal de Notícias que, certamente por dispor de informações de última hora, abre a porta à superação do «diferendo»:
»Governo e PSD abrem nova porta após ruptura».
No que me diz respeito, estou em crer que tudo se resolverá a bem...
Isto porque, como é sabido - ou antes: como sabem todos os que não têm como fonte de informação exclusiva os média dominantes - há uma total convergência entre os dois contentores - perdão, contendores - em todas as questões essenciais.
Questões essas que nem sequer têm estado em cima da mesa das «negociações».
Porque já estão negociadas, definitivamente negociadas, há muito, muito tempo: há, pelo menos, 34 anos.
Falo dos cortes nos salários, do congelamento das pensões e reformas, enfim, de tudo o que implica o agravamento das condições de trabalho e de vida dos trabalhadores e do povo - e, obviamente, de tudo o que implica o favorecimento dos interesses dos grandes grupos económicos e financeiros.
Assim sendo, o «entendimento» é fácil.
E fingir que não, simular «desentendimentos», representar «divergências profundas», constitui uma monumental farsa.
Que é isso a que temos vindo a assistir - e que, pelos vistos, está para durar.
8 comentários:
Entretanto, o que anda mesmo metido em contentores é o futuro do país... a ameaçar ir ao fundo.
Estão a "esticar-se" demais...
Abraço.
Eles entenderão-se!!!
Um beijo grande
Concordamos inteiramente com o seu texto.
Depois do acordo realizado e dado a brutalidade das medidas, agora estão apenas a tratar de passar a FACTURA um ao outro,mas não se esqueçam do CDS,que só disse que votava contra, quando soube que o PSD garantia a sua passagem.
Mas para dar um maior enredo à novela, foram as declarações produzidas pelos dois dirigentes das centrais sindicais, quando lhes perguntaram o que achavam do "desacordo": J.Proença, afirmou que não esperava este desenlace,e apesar de se "tratar de um mau OGE,sempre era um mal menor para o país ele ser aprovado" já C.da Silva, adiantou que o "Governo tem várias maneiras para o fazer aprovar" dando a entender exactamente aquilo que J.Proença disse, o que demonstra que foi apenas o impacto do anúncio das medidas de austeridade e o que os trabalhadores poderiam pensar dos seus dirigentes sindicais caso não convocassem formas de luta firmes, que os levou a convocar a Greve Geral.
Estas declarações são bem demonstrativas que os dirigentes sindicais estão mais preocupados com que o OGE não passe, (porque isso seria um mal maior para o país) do que própriamente com as medidas de austeridade, além disso produziram um efeito desmobilizador para a mobilização que se torna necessário fazer para 24 de Nov.,como mesmo são um sério aviso quanto à não continuação e radicalização da luta após a Greve Geral.
O que confirma a análise que a A CHISPA! vem produzindo sobre o carácter CONCILIADOR e COLABORACIONISTA dos dirigentes sindicais.
Apelamos à vigilância dos trabalhadores!
A CHISPA!
A farsa tem por objectivo continuar a enganar os menos informados.
São farinha do mesmo saco, o PS e o PSD, mas que os media tratam de polarizar para que tudo fique na mesma.
Um Abraço.
Farsa que não passa de uma estratégia(combinada??) para ludibriar os papalvos das respectivas clientelas.
E, infelizmente, são tantos!...
Abraço
Tinhas toda a razão, quando otem escrevias que esta história é uma novela de 34 anos. Só que agora fingem entreter o povo com novos episódios.
Ao fim do dia, Sócrates dizia que ia apresentar uma nova proposta na mesa das negociações. O que quer dizer - para mal dos portugueses - que o novela vai continuar e o orçamento vai passar.
Um abraço.
samuel: o futuro e... o presente...
Um abraço.
Maria: como se viu...
Um beijo grande.
A Chispa: a Chispa é que sabe?: pronto.
Nalson Ricardo: fingem que são diferentes para melhor serem iguais...
Um abraço.
Anjos: são milhões...
Um abraço.
joão p.henruque: aí está ele assinado...
Um abraço.
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