POEMA

PROPÓSITO


Far-me-ei cada dia mais amigo dos loucos,
mas sem gritos; ou seja daqueles
que escondem e queimam o amor
no fogo secreto do cachimbo da vida
e o dão com o fumo e o ar que respiram,
em qualquer lugar;
ou seja (ou, por exemplo, se querem agora):
quando voltam a casa do trabalho,
ou vão pela rua,
ou sobem ao eléctrico, ou entram na igreja
que é talvez onde menos se gasta
deste santo Incenso,
ou quando... etcétera, etcétera, etcétera.
Deixemo-nos de palavras: sei que me entendem.


Josep Grau

5 comentários:

Maria disse...

Perfeitamente entendido!
Que bonito...

Ana Camarra disse...

Acho que sim,entendo!

beijos

Justine disse...

Ah se entendo, o difícil exercício do amor no dia-a-dia...

samuel disse...

Eu é mais (por vezes...) quando canto, ou nos últimos tempos (coisa nova!) quando acerto naquilo que escrevo...
Claro que entendemos!

Abraço.

Fernando Samuel disse...

Maria: ó se entendemos!
Um beijo grande.

Ana Camarra: então não havias de entender?...
Um beijo.

Justine: é isso mesmo!...
Um beijo.

samuel: entendemos e de que maneira!
Um abraço.