saudades

Alentejo, choro convulso das andorinhas ao partir. Terra rasa , olhos incendiados, gente profunda. Nos flancos das éguas é que nascem todas as searas na luz amarelíssima das grinaldas. As buganvílias são escudeiros da cal ante o deserto do restolho, fio de água rolando da pele rugosa dos limões amanhecidos.

Casa das glicínias, 3 de Outubro de 2011
Lains de Ourém

5 comentários:

Maria disse...

Perfeito. E lindíssimo!

Beijo grande.

Graciete Rietsch disse...

Só uma palavra. LINDO.

Um beijo.

Eduardo Miguel Pereira disse...

Tocante, muito tocante, para uma alma Alentejana como a minha.

Chalana disse...

ah poeta!

GR disse...

Belíssimo.
A poesia escrita em prosa.

BJS,

GR