A COMUNA DE ESPINHO!

Era o mar. o mar. o mar. e talvez alguma saudade que, da planície , viesse náufraga lamber a ansiedade que todos tínhamos de estar juntos.lá estavam, como se desde o início dos tempos aguardando o abraço fraternal dos homens bons, a gente de espinho, de coimbra, do porto, do alentejo, de lisboa, da guarda e do coração das arestas, ruas percorridas para o encontro marcado junto das tintas liquefeitas no olhar. a guida, O alex, o zé, a graciete... enfim, presentes e ausentes que, em memória e noutras cores sempre se fizeram notar. da china vieram as tintas do chichorro, mostrar a melancolia e a coragem dos mineiros de aljustrel rebentando a memória em nome dela própria. um livro já nascido mas que ainda não vestiu as calças para poder sair à rua da vergonha! e bach!!! e, nas lágrimas, BACH, musicalíssima! o armindo rodrigues também lá foi, lembrando o brecht na racionalidade poética do seu perfeitíssimo sonho. das gargantas da terra ouviu-se entoar o hino heróico dos mineiros. presentes também porque de justiça se movem as suas revolucionárias engrenagens. Depois a noite e o mesmo mar que nos levou nos obrigou ao regresso. mais fortes, mais sensíveis, mais humanos. é no barro dos corações que se moldam as mais perfeitas revoluções.
Guida e Alex: em nome deste colectivo, que vocês também encarnam, muitíssimo obrigado. é nestes dias que os sentimentos se desenvencilham das inutilidades e soletram a felicidade. muitos beijos.


Para o ano (já em Abril!) está marcado: que nos desculpem os camaradas da Guarda, da Figueira e de Baleizão. Vamos ao Couço!

(nota: amanhã colocarei fotos do 4º aniversário. Da apresentação do livro e da exposição do Roberto Chichorro. E mais um texto, que ainda me ficaram cá umas coisas embrulhadas.)

6 comentários:

Maria disse...

Então desembrulha-as amanhã, António. Já sabia deste relato, que a Guida me contou. E como a vida é feita de cada dia eu já não voltarei a dizer que vou. Apenas que quero ir, para o ano, ao Couço!
Para além do resto é uma bonita homenagem!

Beijo grande.

Graciete Rietsch disse...

Foi linda a Festa, Amigos.
Todos me sensibilizaram pela sua presença tão coerente e pela grande comunhão estabelecida entre camaradas que nem se conheciam pessoalmente.Mas são assim os comunistas.
Ao António Galamba um beijo de sincera admiração pelas suas palavras tão belas e tão sentidas.
Em relação à canção dos mineiros de Aljustrel apenas quero dizer que me deixou extremamente comovida
pela música, pelas palavras e pelas maravilhosas vozes.
E as pinturas? Extaordinárias!!!!!
Também gostei do violino. Foi um momento lindo.
Esta festa teve tudo!!!!!
Para o ano quero muito voltar a ir.

Um beijo.

cid simoes disse...

O convívio envolto em poesia.

João Filipe Rodrigues disse...

Foi tão bom!

Gostámos!

Abraço

GR disse...

Lindíssimo resumo de um 4º Aniversário.
Durante o Almoço percorri com o olhar, sorrisos que se cruzavam, olhares cúmplices, palavras de luta e sempre a mão atenta para as nossas crianças que alegremente rodopiavam na sala. Lembrei-me do “Caminho das Aves”, esse belo livro que nos fala da amizade, fraternidade, solidariedade e da cumplicidade da luta.
Melhor que o 4º Aniversário, vai ser EM ABRIL o 5º ANIVERSÁRIO no COUÇO.

BJS,

GR

samuel disse...

Faço minhas as palavras da Maria. Também quero. :-)

Abraço.