Quando do discurso do Presidente da República, em 5 de Outubro, os média dominantes procuraram dirigentes dos vários partidos pedindo-lhes um comentário.
Pelo PCP falou o membro da Comissão Política do Comité Central, Armindo Miranda, e pelas televisões e jornais ficámos a saber que ele manifestara acordo com o discurso do Presidente da República!!!!
O Diário de Notícias levou o seu papel de «jornal de referência» tão a peito que foi ao ponto de, entre aspas, sintetizar assim o comentário de Armindo Miranda: «O PCP não podia estar mais de acordo com o Presidente da República»!!!!
Na verdade o que o dirigente do PCP declarou foi que «se o Presidente estava a sentir o que disse (quando se referiu à necessidade de combater o desemprego) então, para ser coerente impunha-se que vetasse as alterações à legislação laboral que o Governo PSD/CDS quer impor, designadamente na redução do valor das indemnizações e nas alteração do conceito de justa causa para o despedimento» - e disse ainda que «não basta apelar ao aumento sa produção nacional, mas depois decidir sempre no sentido da destruição do nosso aparelho produtivo»; e terminou «reafirmando o apelo do PCP à intensificação da luta contra o programa de agressão (...)e exigindo uma outra política que em vez de servir o grande capital, esteja ao serviço do povo e do país».
Como se vê, entre o que foi dito e o que foi (des)informado vai uma enorme distância - a distância que separa uma comunicação social democrática do lamaçal desinformativo em que chafurdam os média dominantes.
Uma distância visível a olho nu todos os dias: quem leia ou ouça os jornais, rádios e televisões, ou procede de imediato a uma desinfecção geral ou corre seriíssimos riscos de morte por overdose desinformativa.
11 comentários:
Não é intencional... :)
É mesmo burrice dos jornalistas!
Um beijo grande, grande.
do tamanho da ilha grande!
Os órgãos de comunicação social querem dar um atestado de estupidez a quem os lê e ouvem. Não passam de fantoche manipulados, por tal razão (a maioria) não têm o nosso respeito.
BJS,
GR
É o tal sistema.
Voltamos ao tempo do:
Já desmentiu então é porque é verdade.
Vamos gritar até derrotá-los.
Um abraço,
mário
Os nossos jornalistas(a maioria) obedece à voz do dono e a desinformação é tal que se torna difícil esclarecer.
Eu tento sempre, mas não sei se me ouvirão.
Um beijo.
É uma síntese que deturpa todo o sentido do discurso... com todo o efeito posterior que terá na opinião dos muitos que o lêem.
Pessoalmente, estou cansada de verificar os efeitos nefastos de tanta "overdose desinformativa".
Abraço!
Somos o alvo a abater e muito me orgulho vindo a bala de quem vem.
Atitudes de desespero levam ao jornalismo de desespero que se vê hoje em dia.
Por vezes já nem se distingue a burrice da maldade...
Abraço.
Na mesma lógica, mas noutro âmbito, faço aqui referência à divulgação duma manif promovida por elementos esquerdistas e, que sem rebuço, se servem de propaganda do Partido vandalizada para "mobilizarem"...
http://anti-trollurbano.blogspot.com/2011/10/cai-mascarada-da-cambada.html
Estes media surpreendem na rapidez com que se adaptaram nas linhas do novo governo. Uma sucessão de notícias sobre buracos na saúde, na Madeira e em certos rabos; sobre supostas regalias de trabalhadores dos transportes, das juntas de freguesia e de desempregados; sobre fraudes no rendimento mínimo, nos abonos e subsídios; sobre corrupção da era sócrates "que sé agora descobriram" indiciam uma campanha para atacar tudo e todos, culpando o passado para branquer, ocultar, justificar os crimes do presente.
O descaramento com que o fazem, o descaramento - como o caso aqui descrito - como manipulam, exigem respostas que tem de ir além da blogosfera - haja imaginação para divulgar a denúncia da campanha desinformativa.
Um abraço sempre a questionar até o que eu próprio digo
Quando os vejo (aos orgãos vigentes e ditos de "referência") faço por arranjar um filtro suficiente para duvidar do que dizem...
Um beijo!,
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