Em longa entrevista ao DN, António Lobo Antunes disse, entre muitos outros disparates, que não gosta de «políticos». Dos «políticos», todos...
Porquê?: porque «sempre me fizeram muita confusão» e porque os políticos «gostam de substantivos abstractos em vez das pessoas»...
O escritor não explicou as razões dessa «confusão», nem o significado daqueles «substantivos abstractos», mas desvendou um pouco o véu quando disse que é «amigo do presidente Mário Soares, do General Ramalho Eanes e do presidente Sampaio» - enquanto homens e não como políticos, sublinhou... - e disse, ainda, que Cavaco Silva «tem sido sempre - tal como a mulher - de uma grande gentileza para comigo»...
Após ter revelado este seu fraquinho pelas figuras presidenciais, o escritor que não gosta de políticos, trouxe à baila, ele lá sabe porquê, a figura e a postura do seu avô, do qual disse que, sendo «salazarista, conservador, reaccionário, era também a pessoa mais tolerante e aberta que eu conheci» - um «político» de excepção, digamos assim...
E disse depois o que, afinal - ele bem sabe porquê - queria dizer: «quando eu andei nas franjas do Partido Comunista, conheci a intolerância, a falta de democracia e de liberdade interior e exterior».
Aí está: de um lado, as presidenciais gentilezas...; do outro lado, um avô salazarista tolerante; finalmente, os comunistas intolerantes, anti-democratas, inimigos da liberdade...
É claro que o escritor não disse - ele bem sabe porquê... - que expressões assumiam essas sinistras características que ele, mentindo, diz ter conhecido «nas franjas do Partido Comunista».
Porque sabe que despejar o tradicional discurso anti-comunista, repetir acefalamente o que os media dominantes difundem sobre a matéria, é o que está dar...além de que é fácil, é barato e dá milhões...
Este Nobel sempre adiado cheira mal - cada vez mais...
9 comentários:
Cheira a ranço.
Um abraço,
mário
Não há quem o mande para os "cus de Judas" ?
E quando é que ele andou nas franjas do PCP ?
Se calhar foi quando o reconhecimento do grande publico ainda era pouco, e dava-lhe jeito dar um ar de intelectual de esquerda, não ?
Depois, quando a "fama" veio, deixou as "franjas" e dedicou-se ao lambe-botismo presidencial está visto.
Nem é preciso ter "memória de elefante", ou ser capaz de fazer "a explicação dos pássaros", para saber que esta é "a ordem natural das coisas"...
É talvez este o nosso "fado alexandrino"…
O melhor é mandar vir "as naus", embarcar nelas "a besta do paraíso"… e mandá-lo para "os cus de Judas", como bem sugere o Eduardo.
(é melhor parar por aqui) :-)))
Abraço.
Que grande besta! cada vez cheira pior...
abraço
nuno
Eis um doente dele próprio!
Um grande abraço
Continua nas franjas da decência.
è por essas e por outras que actualmente me recuso a comprar livros desse senhor, os que li, foram-me emprestados, eu comunista, não dou dinheiro a gajos que não me merecem, como pessoas, o menor respeito. Invejoso, mal formado como pessoa, para mim um ser execrável, repugnante, e é melhor ficar por aqui. Um homem que diz que o Nobel foi mal dado (Saramago) , que ele é que o merecia... está tudo dito.
O Franjolas (ALA), fede de uma massa viscosa e bolorenta, sombria, com aversão inveterada à luz.
Graciano Mendes
" Este Nobel sempre adiado cheira mal - cada vez mais..."
Fernando,
Fiquei a olhar para este teu final e queria acrescentar mais alguma coisa, mas não consigo, está lá tudo.
Abraços
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