«Não olhemos só para aquilo de que nos privaram ou nos obrigaram a pagar mais; mas partilhemos generosamente o que temos com os que menos têm»: palavras do Cardeal Patriarca de Lisboa, José Policarpo, na sua tradicional mensagem de Natal.
Santas palavras, estas, que nos ensinam tudo o que devemos saber, a saber: a resignação face à «inevitabilidade» das «medidas de austeridade», e a prática da caridade - com os que têm, a dar, generosamente, aos que não têm - como solução para a «crise»...
É claro que o Cardeal sabe que «para muitas famílias, este não será um Natal fácil»...
Todavia, será isso razão para que seja um Natal triste?; será isso impedimento para que este seja um Natal com alegria?
Não, irmãos, não é - da mesma forma que «há dois mil anos, a alegria daquele nascimento não foi impedida pela pobreza da gruta»...
Por isso, em verdade vos digo, irmãos: «esta crise pode suscitar, em cada um de nós, este espírito de solidariedade» - a «solidariedade» da esmola, da caridade, do amor aos pobrezinhos, aos quais devemos dar tudo o que sobra do nosso prato...
Por isso, haja alegria, irmãos!: «A pobreza não impede, necessariamente, a alegria».
Por isso, façamos todos, irmãos, o elogio da pobreza, louvemo-la como Obra de Deus que é.
Feliz Natal, irmãos!...
7 comentários:
"Sem ambições cada qual seu pão grangeia
e à noite há serões à luz da candeia"
Abraço.
Confundir solidariedade com caridadezinha é o objectivo do homem. Faz parte da promoção da santa ignorância que lhes convém.
Não suoprto o homem nem o tom de voz nem as palavras que ele generosamente vomita.
Um beijo grande.
A Santa Madre Igreja e o eterno saudosismo dos (seus) áureos anos de Estado Novo.
Nada como um Povinho pobre, resignado, carente, amedrontado, pedinte, e inculto, tão desgraçadinho que se veja obrigado a acreditar no divino como forma de esperança final para a resolução dos seus problemas.
Comigo não contem, e até me socorro duma expressão em Castelhano para responder à mensagem de Natal do Sr. Cardeal :
- Ó Policarpo, com mensagens dessas eu te digo é que "me cago en la hostia" !
Que grande "elogio à pobreza"!!!!
Com tanto humor e verdade rebateste
muito bem as palavras do cardeal!!!!
Um beijo.
A santidade da pobreza é uma invenção dos ricos.
samuel: ou: «os filhos sorriem, o Manel também, não há melhor vida, que aquela que a gente tem»; ou: «numa casa portuguesa fica bem...»
Um abraço.
Maria: a santa ignorância dos outros é o alimento dele...
Um beijo grande.
Eduardo Miguel Pereira: o Castelhano, às vezes, é mesmo apropriado...
Um abraço.
Graciete Rietsch: este cardeal já começa a cheirar mal...
Um beijo.
Membro do Povo: só os ricos vivem da pobreza...
Um abraço.
La ringrazio per Blog intiresny
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